Famílias desalojadas têm a opção de ir para abrigos temporários ou de receber o 'aluguel social'
Os moradores que ficaram desabrigados por conta do deslizamento de terra na Baixa do Fiscal, ocorrido no último domingo,10, afirmaram, na manhã desta quinta-feira, 14, que não receberam o auxílio aluguel prometido pela Prefeitura Municipal.
O morador Messias de Jesus Venas, filho do cadeirante Delci Barreto, que morreu no esmoronamento, disse que seguiu todos os procedimentos necessários para efetuar o saque no banco, mas não conseguiu sacar o benefício.
"Me cadastrei no primeiro dia que aconteceu o deslizamento. No segundo e no terceiro, também me cadastrei. Disseram que em 48h entrava o auxílio. Fui ao banco, digitei o CPF e não tinha dinheiro," afirmou Venas, que completou: "Não tenho moradia, estou na casa dos outros. Perdi meu pai, perdi fogão, geladeira. Minha família perdeu tudo".
Outros moradores, que não quiseram se identificar, também relataram que estavam enfrentando o mesmo problema. As famílias desalojadas têm a opção de ir para abrigos temporários ou de receber o chamado aluguel social, mas muitos resistem em sair das casas com medo de invasões e roubos.
Benfício
De acordo com a Secretaria de Promoção de Ação Social (Semps), para sacar o benefício é preciso ir ao caixa de uma das agências do Banco Bradesco, apresentando um documento com o número de CPF.
O Secretário da Semps, Bruno Reis, disse que o benefício foi depositado apenas na quarta, 13. " Foi pago ontem (quarta). Nós cadastramos as pessoas no domingo e na segunda-feira,11, mas só ontem, às 15h, ficou disponível. Algumas famílias podem ter ido mais cedo e não tinha processado ainda", declarou.
Quem não conseguiu resgatar o benefício de R$ 300 disponibilizado pela prefeitura, o secretário informa que ainda pode ser sacado. "É só chegar ao banco e sacar no caixa por ordem de pagamento, nesta quinta," afirma o secretário.
Os moradores que estão desabrigados também poderão se cadastrar para participar de um plano habitacional da prefeitura. "O prefeito já baixou o decreto para desapropriar a área da garagem da empresa Marte, antiga São Luis, onde serão construídas as casas", disse Reis.