Assembleia foi realizada no auditório do prédio do TRT, no Comércio
Os servidores do Poder Judiciário Federal aprovaram a continuidade da greve na tarde desta segunda-feira, 6. Em assembleia realizada no auditório do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-5ª Região), no bairro do Comércio, em Salvador, a categoria reafirmou o que havia sido decidido na reunião da última quarta, 1º, e segue de braços cruzados por tempo indeterminado. A greve já dura 21 dias.
Após o término da assembleia, cerca de 450 servidores inciaram um protesto por volta das 15h, em frente ao TRT. Com faixas e cartazes, eles bloquearam temporariamente a rua Miguel Calmon. O servidor público Manoel Pinto, de 53 anos, ressaltou a importância da reivindicação. "Nós tivemos muitas perdas salariais ao longo dos anos".
A coordenadora de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindijufe-Ba), Denise Carneiro, informou que uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta, 10, às 13h30, no prédio da Justiça Federal, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
"Vamos realizar uma nova assembleia para decidir a continuidade ou não do movimento de greve. Queremos que se cumpra a harmonia entre os poderes e que o Executivo sancione esse projeto. Já temos cerca de nove anos de perdas salariais", afirmou Denise.

Após assembleia, servidores protestaram nas ruas do Comércio (Foto: Manoel Pinto | Cidadão Repórter)
Cerca de 130 mil servidores cruzaram os braços em todo país. Na Bahia, apenas os serviços essenciais foram mantidos. "Nós só estamos trabalhando com casos de urgência, como mandados de segurança e liberação de medicamentos por meio de decisão judicial. Com isso, Justiça Federal na Bahia, TRT-5ª Região, Justiça Militar e Justiça Eleitoral estão com os serviços afetados pela greve", completou Denise.
O projeto
O PLC 28/2015, é um projeto de lei que garante a reposição inflacionária no salário dos servidores federais. O reajuste que irá variar entre 53% e 78,56%, a depender das funções do servidor, tem previsão de ser efetuado em seis parcelas, sendo entre julho de 2015 e dezembro de 2017. Além disso, irá depender da existência de dotação orçamentária, além de autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O projeto agora aguarda a decisão da presidente Dilma Rousseff.