Jair Mendonça Jr.
Motoristas estacionam em locais proibidos e dificultam circulação de pedestres
Mesmo com a implantação do serviço de monitores de tráfego, muitos moradores residentes na rua Clara Nunes (Pituba), vizinhos ao Colégio Anchietinha, reclamam dos transtornos na via nos horários de pico.
É o caso do aposentado Aderbal de Oliveira Sobrinho, de 71 anos. Segundo ele, com a proibição de parar o veículo, por muito tempo, em frente ao colégio, vários motoristas estacionam os carros ao longo da rua, dificultando a entrada e saída de moradores.
"Às vezes, estacionam até em cima do passeio. Outro dia fui reclamar com um, que deixou o carro atravessado na rua, e ainda ouvi desaforos. O povo reclama do trânsito de Salvador, mas os motoristas são os grandes culpados", afirma.
O empresário Mário Araújo Bastos, 38, disse que já fez várias queixas à Transalvador sobre os carros estacionados ao longo da rua. "Mas nunca vieram aqui. A situação se repete todos os dias e somos obrigados a conviver com isso", reclama Bastos.
A assessoria de comunicação da Transalvador informou, por meio de nota, que o órgão realiza ações nas portas das escolas, principalmente no início dos semestres, focando na conscientização de pais e alunos. Mas, em casos de estacionamento irregular, o motorista é passível a multa e remoção do veículo.
O diretor de comunicação da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município de Salvador (Astram), Adenilton Júnior, disse que o serviço de monitores de tráfego é uma ação ilegal. "O poder municipal está usurpando a ação do agentes de trânsito, que é quem tem a prerrogativa de fiscalizar o trânsito", disse.
Marcelo Correa, diretor de trânsito da Transalvador, por sua vez, disse que o trabalho dos monitores é apenas de orientação e que essa atividade não fere as funções dos agentes de trânsito. "O trabalho dos monitores é educativo e de orientação. Os agentes têm funções específicas de fiscalização".