Moradores repudiaram demissões e cobraram mais empenho na requalificação do parque
Com conclusão esperada para junho passado, a primeira etapa das obras de recuperação do Parque Metropolitano de Pituaçu (com investimento previsto de
R$ 14 milhões do governo do estado) ainda não foi finalizada. Por conta disso, a comunidade local fez nesta sexta-feira, 7, um protesto cobrando providências ao governo do estado.
Segundo as queixas, o local enfrenta uma série de problemas, como o mau cheiro e sujeira da Lagoa de Pituaçu, além da falta de conservação da ciclovia, que tem aproximadamente 15 km de extensão.
Além disso, trechos na entrada do parque estão com o mato elevado, encobrindo esculturas do artista plástico e Mário Cravo Jr., e tem sido foco de insetos e até do Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya), segundo moradores.
A técnica em enfermagem Cláudia Santos, 35, que mora próximo ao local, contou que já teve zika, por ela atribuída à proliferação de mosquitos, devido à falta de cuidados no parque. "Tem muito mato, que traz esses insetos. Minha família toda teve a doença".
Abraço simbólico
Durante o protesto por intervenções urgentes na recuperação no parque, eles realizaram uma carreata pelo bairro e exibiram cartazes na entrada. Os participantes da manifestação também deram um abraço simbólico na lagoa, alvo de grande reclamação.
O presidente da associação de moradores do bairro, Vítor Gabriel Sacramento, 29, diz que moradores de Pituaçu, que trabalhavam no local como seguranças ou em serviços gerais, foram demitidos para a contratação de "indicações da administração" do espaço. São "pessoas que trabalhavam lá há anos, que conheciam e amavam o parque mais do qualquer um", afirmou ele.
Especulação
Outra preocupação é quanto à área do parque, que estaria sendo alvo de especulação imobiliária. "A poligonal do parque não tem proteção, o que faz com que a área possa ser apropriada pelas construtoras, o que tem acontecido constantemente", disse o caldeireiro industrial André Soares, 26, que também é membro do Zouk Zap, projeto de dança desenvolvido na comunidade.
Retomada em setembro
O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, confirmou a paralisação da obra e previu sua retomada em setembro. O motivo seria a falta de recursos. "Já foram liberados R$ 7 milhões para o retorno. Em torno de 20% do que estava previsto foi realizado", observou.
No retorno, disse Spengler, terão prioridade o cercamento, a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais e a recuperação da ciclovia. A nova previsão é para maio do próximo ano.
Sobre as invasões, disse haver uma ação das secretarias do Meio Ambiente, Casa Civil e Desenvolvimento Urbano e Secretaria Municipal de Urbanismo. "Já estamos levantando todas as situações. Todas as pessoas, independentemente da condição social, que ocupam espaço no parque, vão ser retiradas. Esse grupo de trabalho já está em desenvolvimento".
Retomada em setembro
O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, confirmou a paralisação da obra e previu sua retomada em setembro. O motivo seria a falta de recursos. "Já foram liberados R$ 7 milhões para o retorno. Em torno de 20% do que estava previsto foi realizado", observou.
Secretário prevê para setembro a continuidade dos serviços
No retorno, disse Spengler, terão prioridade o cercamento, a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais e a recuperação da ciclovia. A nova previsão é para maio do próximo ano.
Sobre as invasões, disse haver uma ação das secretarias do Meio Ambiente, Casa Civil e Desenvolvimento Urbano e Secretaria Municipal de Urbanismo. "Já estamos levantando todas as situações. Todas as pessoas, independentemente da condição social, que ocupam espaço no parque, vão ser retiradas. Esse grupo de trabalho já está em desenvolvimento".
Ele disse que no ano passado uma ação retirou cerca de 200 famílias no Alto de São João (entorno do parque). Naquele ano, disse Spengler, outras 30 famílias foram retiradas. "Um processo histórico de má gestão levou a essa ocupação desordenada. O objetivo é conter estas invasões e recuperar estas áreas".
Sobre as demissões, foi enfático ao negar a afirmação do presidente da associação local. Segundo ele, a contratação de funcionários não depende da administração do parque, mas da diretoria administrativa do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). "Pode ter havido uma demissão ou outra, mas não por interesse da administração. Não procede essa afirmação", enfatizou.
Ele disse que no ano passado uma ação retirou cerca de 200 famílias no Alto de São João (entorno do parque). Naquele ano, disse Spengler, outras 30 famílias foram retiradas. "Um processo histórico de má gestão levou a essa ocupação desordenada. O objetivo é conter estas invasões e recuperar estas áreas".
Sobre as demissões, foi enfático ao negar a afirmação do presidente da associação local. Segundo ele, a contratação de funcionários não depende da administração do parque, mas da diretoria administrativa do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). "Pode ter havido uma demissão ou outra, mas não por interesse da administração. Não procede essa afirmação", enfatizou.