Edson era irmão de um sargento da PM. Ninguém foi preso pelo homicídio
Como de costume, o mototaxista Edson de Jesus Santos, de 43 anos, lia um jornal, enquanto aguardava os passageiros, na passarela de acesso à estação do metrô, na Avenida Mario Leal Ferreira (Bonocô). Por volta das 10h, ele foi assassinado a tiros na cabeça por dois homens, que estavam em motocicleta.
Edson era irmão do sargento da Polícia Militar, Walter Santos dos Santos. "Não soube de nenhuma ameaça que ele possa ter sofrido. Se houve ameaça, a família não soube", disse o irmão PM.
O ponto de trabalho de Edson era no final da passarela, no sentido oposto ao da estação do metrô. Sob anonimato, uma parente disse que ele trabalhava ali há cinco anos, aproximadamente, e também tinha um lava a jato na região.
"O marido da minha sobrinha trabalhava. Não era traficante. Ele era uma pessoa muito querida. Não tinha inimigos", disse ela.
Esposa aos prantos
O corpo de Edson foi retirado do local do crime no início da tarde. De acordo com a delegada Marilene Lima, do Departamento de Homicídios (DHPP), até aquele momento não havia informações suficientes que pudessem apontar uma possível motivação para o crime.
A esposa disse à polícia que ele era muito mulherengo e tinha muitas namoradas. No início da noite, a reportagem não conseguiu falar com a delegada por telefone.
Na parte de cima do local onde Edson estava sentado, na parte superior da estrutura da passarela, há uma câmera de segurança. No entanto, ainda não se sabe se a ação dos suspeitos foi filmada, pois havia água dentro do equipamento.
"Que presente de Natal foi esse, gente? Ninguém merece?", repetia a esposa de Edson, aos prantos.
'Era muito querido'
Quem quer que tenha atirado no mototaxista concentrou os tiros na região da cabeça. A perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT) não teve como precisar a quantidade de tiros.
As pessoas que acompanhavam o trabalho das Polícias Civil e Técnica externavam expressões de susto e medo. Estavam incrédulas. Nenhuma delas afirmou ter presenciado o crime.
Uma cliente chorou ao saber que o homem, cujo corpo era submetido à perícia, se tratava do mototaxista Edson. "Ele era muito querido", disse um vizinho. Edson morava em Cosme de Farias e era pai de um casal de adolescentes, fruto de relacionamentos anteriores, segundo o irmão PM.