Chuva forte faz a rua Luan Braga parecer uma lagoa
As chuvas que atingiram a capital baiana na segunda-feira, 5, ainda causam transtornos. Na rua Luan Braga, no bairro de Campinas de Pirajá, os moradores informaram que os alagamentos são recorrentes.
"Quando eu percebi que ia chover, coloquei meus móveis num lugar alto. Mesmo assim, perdi a geladeira e o armário", lamentou o mecânico Alessandro Souza, de 16 anos, que teve todos os documentos destruídos pela água.
Quem também teve os bens devastados foi o comerciante Jorge Lima, 46. "Estou há dois dias sem trabalhar. Perdi quase todas as minhas mercadorias", queixou-se.
O secretário municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza, Bruno Reis, disse que as providências estão sendo tomadas: "Estamos com uma equipe desobstruindo a área por onde a água escoa".
Ainda de acordo com o secretário, duas bombas para drenagem da água seriam instaladas no local nesta terça, 5. Além disto, um galpão foi preparado para receber a comunidade e fazer o cadastro das famílias afetadas.
"Já cadastramos todas as famílias para receberem o auxílio-emergência. As que tiveram os imóveis e bens materiais danificados vão ser indenizadas em até três salários mínimos", assegurou Reis.
Os moradores que preferirem sair do local serão inseridos no programa de aluguel social. Bruno Reis esclareceu, também, que foram ofertados para as vítimas colchões, travesseiros, cobertores e alimentação.
Apesar do amparo social, alguns moradores, como o conferente de cargas Dorival Pereira, 37, mostrava-se insatisfeito com a situação. "Eu não quero cesta básica, não quero colchão, não quero prato de comida, nada disso. Nós só precisamos de alguém que venha resolver o problema definitivamente", exasperou-se.
Sobre as causas do acúmulo de água, o secretário explicou que se trata, em parte, de lixo descartado indevidamente pela população local e por areia advinda de uma obra particular próxima da região.