Quiosque em Piatã recebe intervenções e não tem previsão de abertura
Dois meses e meio após a entrega da nova orla de Piatã e Itapuã, os quiosques construídos para substituição das antigas barracas de praia ainda não têm previsão para iniciar o funcionamento.
Um descompasso entre a prefeitura e a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) atrasa a abertura das estruturas, inicialmente prevista para 30 de dezembro do ano passado.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), uma pendência no processo de instalação elétrica impediu a imediata ocupação dos 13 espaços comerciais localizados nas áreas de Itapuã e Piatã, que serão administrados pelas empresas Salvador Quiosque e Nova Orla, vencedoras da licitação.
A Coelba, por sua vez, informa que as obras de infraestrutura civil da rede subterrânea (dutos, caixas e centro de transformação) nos quiosques de Piatã, de responsabilidade da prefeitura, foram concluídas e entregues ao órgão para a instalação da rede elétrica no dia 22 de dezembro. A previsão da empresa é que os serviços estejam concluídos em 20 de janeiro.
A respeito da área de Itapuã, a concessionária argumenta que as obras de infraestrutura civil da rede subterrânea (caixas) ainda estão em fase de execução.
"A Coelba aguarda a conclusão das obras civis, de responsabilidade da prefeitura, para programar a inspeção das mesmas. Caso estejam de acordo com as normas técnicas e de segurança, a concessionária irá programar a execução dos serviços necessários à ligação de energia", aponta a empresa, por meio de nota.
Banhistas
Em meio ao impasse, os banhistas que frequentam os trechos das praias de Itapuã e Piatã reclamam da falta de infraestrutura. Morador do bairro de Itapuã, o músico Leandro Figueiras reclama que, apesar das diversas melhorias realizadas no local, os banhistas ainda carecem de serviços básicos, como banheiros e lixeiras.
"Nossa esperança era que os quiosques oferecessem aos frequentadores de Itapuã maior conforto e organização na prestação de serviços que são pequenos, mas extremamente necessários", diz.
Os frequentadores do trecho da orla temem, ainda, pela degradação dos espaços, antes mesmo de entrarem em funcionamento. "Se não forem ocupados logo, esses quiosques, que custaram dinheiro do nosso bolso, vão acabar estragando, seja por causa da exposição ao salitre, ou pela ação de vândalos", adverte a professora universitária Leandra Lisboa, 42.
O comerciante Vicente Lima, que trabalha em Piatã e é antigo permissionário de uma barraca de praia no local, conta que, à noite, o local estaria servindo como abrigo para moradores de rua e usuários de drogas.
"Já vi diversas vezes pessoas se abrigando embaixo da parte coberta para fugir da chuva ou do sol ou usuários de drogas se escondendo nos quiosques", diz.