Participam pesquisadores, militantes do movimento negro e representantes da sociedade civil
O segundo dia do seminário Trajetória do combate ao racismo, que acontece nesta sexta-feira, 10, das 8h às 18h, no Grande Hotel da Barra, servirá para colher propostas de pesquisadores, militantes do movimento negro e representantes da sociedade civil para a Década Estadual Afrodescendente, plano que o governo estadual fará para definir as ações afirmativas antirracistas dos próximos dez anos.
De acordo com o coordenador de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Antônio Cosme Lima, o evento está incluído entre as atividades do grupo de trabalho formado por 11 secretarias de estado para montar o plano a longo prazo, encomendado pelo governador Rui Costa.
Por isso, afirma ele, o seminário terá a função, também, de avaliar o trabalho que já foi feito nos últimos anos de gestão.
Metas
"O que almejamos é definir quais ações o movimento negro quer para o próximo período de governo, com base nos objetivos da Década Internacional Afrodescendente: reconhecimento, justiça e desenvolvimento", afirmou o gestor.
Nesta sexta, mesas temáticas e rodas de diálogos farão parte do evento. Entre os convidados estão o professor e presidente do Conselho Deliberativo Baobá, Hélio Santos, a professora de relações étnico-raciais Lindinalva Barbosa e o presidente do Instituto Pedra de Raio, Sérgio São Bernardo.
Luta
Nesta quinta, 9, na palestra que abriu as atividades, o professor Hélio Santos fez um panorama da trajetória política da luta contra o racismo. Segundo Antônio Cosme Lima, o ciclo de debates dará origem, também, a uma cartilha de orientação para possíveis vítimas de racismo. O formato do folheto ainda será debatido nesta sexta, dentro da programação do seminário.
"Vamos, basicamente, dar as coordenadas para que uma pessoa tenha assegurados seus direitos fundamentais", explicou Cosme Lima. "São atuantes instâncias como a Justiça, o Centro de Referência de Combate ao Racismo Nelson Mandela, o Ministério Público e outras entidades, caso o cidadão seja discriminado", disse.