A jornalista Maíra Azevedo foi uma das convidadas para roda de conversa nesta sexta-feira, 8
Evento de abertura da 4ª edição do Julho das Pretas, o seminário Mulheres Negras no Foco: Mídia, Representação e Memória chegou ao fim, nesta sexta-feira, 8, depois de dois dias de debates, na Biblioteca dos Barris. O Julho das Pretas é uma agenda de intervenção do movimento de mulheres negras na Bahia.
Realizado pelo Instituto da Mulher Negra - Odara, o seminário debateu problemáticas na estruturação dos discursos, bem como as vivências de luta das mulheres negras na obtenção dos direitos básicos.
Entre as convidadas para a mesa desta sexta estava a jornalista Maíra Azevedo, do Grupo A TARDE, que participou da discussão de casos de racismo, machismo e intolerância religiosa.
A visibilidade e representação da comunicação negra e feminista também foi um dos pontos de conversa no seminário.
Representatividade
Criadora do personagem Tia Má, Maíra Azevedo tem, só na página do Facebook, mais de 90 mil seguidores. Por falar, entre tantos assuntos, sobre feminismo e representatividade, a jornalista transformou o espaço em um local de empoderamento feminino e negro.
"A página é um meio alternativo de disseminar informação. Lá, eu utilizo o humor como forma de empoderar, usando termos que pessoas, no geral, possam entender, para que os assuntos sejam, acima de tudo, inclusivos", ponderou ela.
Entre os pontos tocados pela jornalista no evento esteve a desmistificação das formas como a mídia trata os temas relacionados à mulher negra.
"Pensamos na sugestão de um manual sobre o tratamento de assuntos de discriminação, para as redações de jornal. Eu sinto que a mídia ainda tem dificuldade em pautar esses assuntos", observou Maíra.