Momento em que Frank se rendeu
Segundo o juiz federal Durval Carneiro Neto, Frank Oliveira é um rapaz muito doente e que precisa de cuidados psiquiátricos. Em sua página pessoal do Facebook, o magistrado narra que o suspeito foi seu aluno.
Segundo ele, há cerca de duas semanas, Frank foi ao prédio dos Juizados Federais, insistindo em falar com o juiz. O magistrado solicitou ao diretor de secretaria que descesse para verificar qual seria o pleito de urgência e que desse recibo no pedido. "Porém, o rapaz não falava coisa com coisa, gritava muito, negou-se a entregar sua petição ao diretor e queria falar pessoalmente comigo".
De acordo com o juiz, quando recebeu o expediente dele, viu "um texto desconexo, questionando o exame de ordem e outros pontos incompreensíveis, mas sem urgência".
Na tarde deste domingo, 24, o juiz recebeu ligação de um amigo ligado à polícia que acompanhava o caso na Unijorge. Ele informou que o homem que dizia portar explosivos exigia um juiz federal para se entregar.
"No mesmo momento, ligou-me o diretor de secretaria, dizendo que era a mesma pessoa que dias antes havia entrado com o pedido no plantão contra a OAB", explicou o juiz. Chegando ao local, o juiz foi informado que o jovem disse que só se entregaria se um juiz federal assinasse uma 'sentença' que ele havia elaborado, para com isso 'provar' estar ele apto a exercer a advocacia.
A tal 'sentença' (sem efeito legal) foi levada ao juiz, que assinou. O magistrado entregou sua identidade funcional a um policial, que a mostrou a Frank, que identificou ter sido aluno do juiz e se entregou em seguida.