Funcionários da Seman trabalhando na rua Amado Coutinho
Após a interdição total da rua Amado Coutinho, em Brotas, depois de uma cratera abrir no domingo, 30, fez a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) alertar sobre o lançamento indevido de esgoto na rede de drenagem. A secretaria aponta o problema como um dos causadores do incidente em Brotas no domingo. A rua foi completamente interditada nesta terça-feira, 1º.
De acordo com a Seman, há uma estima que 80% da rede de drenagem responsável por captar as águas das chuvas em Salvador tem sido afetada pelo lançamento esgoto, proveniente de casas e de estabelecimentos comerciais.
A Seman explica que a rede de drenagem capta, através das bocas de lobo, a água da chuva que é canalizada por tubulações e despejada em corpos d’água - rios e riachos da cidade. Por isso, é necessário que os moradores e comerciantes procurem a regularidade do despejo de esgoto na devida rede sanitária, evitando, assim, a degradação do meio ambiente.
Embora a impregnação de esgotos domésticos por lançamento clandestino ocorra geralmente em bairros periféricos, onde o saneamento básico é precário, ou em áreas onde a geomorfologia é mais acentuada, a situação também é vista em bairros nobres como Barra, Rio Vermelho, Pituba e Itapuã, informou a secretaria.
Brotas
Uma equipe da Seman deu início aos serviços para recuperação da rede no bairro de Brotas, na segunda-feira, 31. “É uma rede antiga, que esta há nove metros de profundidade. Os ácidos presentes no esgoto corroeram a estrutura”, explicou o diretor de Operações da Seman, Luciano Sandes, por meio de nota.
Segundo a secretaria, a rua possui rede de saneamento, mas mesmo assim ocorre o despejo irregular na rede de drenagem. Ao todo, 30 metros da estrutura metálica serão substituídos por material rib loc - PVC armado. A previsão para o fim do serviço é de 15 a 20 dias, e o custo da obra é de R$ 400 mil.
Fiscalização
Amparada na Lei 5503/99 do Código de Polícia Administrativa do Município, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), fiscaliza residências, estabelecimentos industriais e comerciais, que depositem ou encaminhem para as praias, rios, lagoas ou reservatórios de água, resíduos ou detritos provenientes de suas atividades. O responsável pelo despejo irregular pode pagar entre R$ 1 mil a R$ 5 mil de multa.