Baianas tipicamente trajadas distribuíam fitas do Senhor do Bonfim para os visitantes que deixavam a capital
Eram 15h10 quando um Onix prata parou na pista que dá acesso à área de embarque do aeroporto internacional de Salvador. Quatro pessoas saíram do veículo pulando e cantando em coro: “Ah, vem cá/ Não tira o doce da boca da sua criança”, refrão da canção O Doce, que faz parte do álbum Acústico em Trancoso, de Ivete Sangalo.
Àquela hora, oficialmente, o Carnaval já havia chegado ao fim, mas para o grupo de cariocas a festa não terminou na Quarta-feira de Cinzas. “O Carnaval de Salvador é o melhor do mundo! É contagiante. A gente vai continuar sentindo essa energia por muito tempo”, disse a terapeuta ocupacional Carla Madeira, 36, estreante na folia.
Lá dentro, baianas tipicamente trajadas distribuíam fitas do Senhor do Bonfim para turistas que se despediam da capital e uma banda de percussão percorria o aeroporto. A paraibana Tânia Amado, 29, entrou no ritmo e, empolgada, dançava ao som do grupo. “Não quero ir embora. Isso aqui é bom demais”, disse, bailando no salão.
Trio de forró convida foliões para voltar em junho
Forró
Além das baianas vestidas a rigor, a volta dos turistas para casa contou com um trio de forró, que tocou músicas juninas tradicionais para os visitantes.
A ação faz parte da Operação Até Breve, da Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa), que começou nesta quarta-feira, 1º, e será realizada até o próximo domingo, 5. De acordo com a coordenadora de receptivo da Bahiatursa, Tatiana Hafush, a operação tem como objetivo agradecer a visita e convidar todos para o São João da Bahia, em junho.
“O Carnaval é maravilhoso, mas a Bahia também tem outros eventos gigantescos. O São João é um deles. Por isso, viemos dizer que estamos ansiosos, esperando o retorno de cada um desses turistas”, explicou.
O mineiro Marcelo Augusto de Oliveira, 46, não sabe se retornará em junho, mas garante que voltará à capital para o Carnaval do ano que vem: “Tem algo diferente no Carnaval de Salvador. Foi tudo lindo! Fiquei no meio do povo, emocionei-me muito ao ver o Ilê Aiyê, ao ver a minha ancestralidade ali representada. Voltarei, sem dúvida”.