Sinval levou 12 tiros à queima-roupa quando varria a calçada
O gari Sinval Nunes da Silva, de 43 anos, foi executado a tiros, por volta das 8h desta quarta-feira, 8, no fim de linha de Pernambués, em Salvador.
Segundo investigadores que estavam no local, Sinval, que vestia uma farda da empresa Jotagê, varria uma calçada na Praça da Ventosa, em frente ao Mercado Bom Dia, quando levou 12 disparos à queima-roupa – atingido na cabeça, costas e pés.
Em nota, a Polícia Civil apontou Sinval como traficante e informou que ele tinha envolvimento no assassinato de Ângela Margarete da Silva, cometido no último dia 2. A relação entre os dois homicídios é investigada, diz a nota.
Ainda segundo a polícia, Sinval respondia a inquérito por roubo. Sob anonimato, um homem disse que o gari residia na região, convivia há 15 anos com uma mulher e tinha três filhos. Familiares, por sua vez, não quiseram falar com a reportagem. O DHPP investiga a autoria e a motivação do homicídio.
Lixeiros na mira
Nos últimos seis meses, ao menos três trabalhadores de limpeza urbana foram alvo de criminosos em Salvador. No dia 19/8, uma gari teve o celular roubado por dois ladrões, na Rua Thomaz Gonzaga, também em Pernambués. Na fuga, um deles morreu após um homem não identificado atirar em sua direção.
Em 20/9, no mesmo bairro, Joílson de Jesus Silva, 32, não resistiu ao ser alvejado nove vezes, na Rua Paulo Afonso, a caminho do trabalho. Em 14/2, Luís Carlos Leal Roxo, 49, acabou ferido na barriga - sem gravidade - numa troca de tiros entre policiais e bandidos, na Federação.
Nesta quarta, a reportagem tentou confirmar com a Jotagê se Sinval era funcionário da empresa, mas não obteve sucesso.