Três mortes aconteceram na região do final de linha de Pirajá
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que os quatro homicídios registrados na noite deste domingo, 16, em Pirajá não estejam relacionados. Segundo a assessoria do órgão, foram três circunstâncias diferentes (sendo um duplo homicídio) com quatro mortes. Os crimes aconteceram em um intervalo de 2 horas, entre 19h30 e 21h30.
Apesar da polícia descartar uma ligação entre os crimes, três vítimas foram mortas em locais próximos. Gutemberg Graça dos Santos, 29 anos, foi encontrado baleado na rua 24 de agosto, próximo a um bar, que fica ao lado do final de linha de Pirajá, onde outros dois homens foram atingidos por tiros.
O final de linha foi palco de uma tradicional festa do bairro, conhecida como "Vou beber com stylo". Contudo, a polícia relaciona apenas o crime contra Gutemberg com o evento.
De acordo com moradores do bairro, a festa estava terminando quando Gutemberg foi baleado. Ninguém disse ter visto o momento do crime. Eles afirmam que só ouviram os pedidos para socorrer o rapaz.
Gutemberg, que era casado e tinha um filho, foi levado por amigos para o Hospital do Subúrbio, por volta das 19h30, mas não resistiu aos ferimentos.
Os moradores de Pirajá se surpreenderam com o homicídio e não sabem o que aconteceu. "Essa é uma pergunta que ninguém sabe responder porque ele era um menino certinho, trabalhador", disse uma moradora sem querer se identificar.
O jovem trabalhava como entregador em um depósito. A família dele também morava no bairro, mas se mudou recentemente para a Graça. Contudo, Gugu, como era conhecido, decidiu continuar em Pirajá, porque a mulher estava grávida.
Final de linha
Além da morte de Gutemberg, a região do final de linha também foi palco de um duplo homicídio, que vitimou Igor do Rosário Ramaccioti, 20 anos, e um homem de identidade ignorada. Eles foram achados baleados, por volta das 21h13, por uma guarnição da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).
Os dois foram levados para Hospital do Subúrbio, mas não resistiram aos ferimentos.
Tortura
Um quarto homicídio foi registrado no bairro às 21h30. William da Paixão Carvalho, 22 anos, foi achado amarrado na rua Oscar Seixas. Segundo a Polícia Civil, ele tinha ferimentos de tiros e perfurações por arma branca, além de sinais de que foi torturado.
William foi socorrido por uma equipe da 14ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) para o Hospital Subúrbio, mas também morreu.
Investigação
Os autores dos quatro homicídios não foram identificados. A polícia também desconhece a motivação dos crimes. Os casos serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).