Cratera em sobrado tem sete metros de profundidade
Devido a cratera aberta com 7 metros de profundidade na última sexta-feira, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditou um sobrado e o trânsito foi bloqueado pela Transalvador para realização das intervenções em trecho do Alto do Cabrito. A Secretaria de Manutenção (Seman) ainda estuda como realizar obras no local.
"Foi só tirarmos o carro que desabou tudo", conta Jaílson Miranda, pai de Jeovan Miranda, proprietário do sobrado. A cratera foi aberta ao lado do imóvel, revelando os pilares da escada para o segundo pavimento.
No primeiro pavimento, funciona um bar. Jeovan, sua companheira e três crianças moram no segundo pavimento.
A família deixou o sobrado após notificação do órgão. O imóvel foi interditado para a realização de obras sob a responsabilidade da Seman.
"Eu fui na prefeitura, ontem à tarde, mas o sistema estava fora do ar para solicitar o auxílio-aluguel. Eles ainda não têm previsão para começar as obras lá também", conta Jeovan.
Em nota, a Codesal informou que a família receberá suporte da prefeitura e que a quantidade de chuva continua sendo monitorada em parceria com técnicos da Seman. Conforme o diretor de operações da Seman, Luciano Landes, a situação do lugar exige cuidados.
Segundo Landes, o rompimento na tubulação de um bueiro que realiza a drenagem da região, fez com que o solo deslizasse.
"Ainda estamos fazendo a sondagem do solo. Precisamos confirmar se o solo é estável, caso contrário teremos de fazer obras de contenção para possibilitar para que os trabalhadores desçam sem riscos", relata o diretor.
Ainda segundo o diretor de operações, os pilares da escada que permite o acesso ao segundo pavimento e uma barraca próximo do buraco requisitam uma análise mais apurada para evitar com que as construções sejam demolidas.
Até quinta, 7, deverá ser apresentado uma relatório do engenheiro geotécnico em que será indicado o método mais seguro para a ação.
"É uma obra complexa, que com os períodos chuvosos podem se intensificar. Temos de planejar como será a entrada do maquinário que atenda a profundidade, sem afetar a comunidade e evitar riscos de deslizamentos de terra. Estamos sendo criteriosos", afirma Landes.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira