Da Redação, com informações de Nicolas Melo | Foto: Reprodução | Google Street View
Caso aconteceu no Colégio São Luís, na região da Cidade Baixa
A professora de matemática Gabriela Saturnino Vieira, de 22 anos, foi autuada nesta quinta-feira, 5, pela Polícia Militar (PM), por aliciar e assediar uma adolescente de 13 anos, aluna do Colégio São Luís, no bairro Vila Rui Barbosa, na Cidade Baixa.
De acordo informações da Polícia Civil (PC), uma guarnição do Comando de Operações Policiais Militares (COPPM) conduziu a professora para Central de Flagrantes, após a mãe da garota registrar ocorrência por assédio na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
A mulher informou que a professora estava enviando fotos e vídeos íntimos, além de mensagens com conteúdos pornográficos.
A situação veio à luz quando a estudante, que mora em Salvador, com a avó, ganhou um celular novo e o antigo foi dado à irmã mais nova, de 5 anos. Neste caso, quando colocaram o e-mail no aparelho (antigo), todo o conteúdo foi baixado do Google Driver revelando fotos, vídeos e mensagens ilícitas da docente.
Os celulares de Gabriela e da vítima vão ser periciados pela polícia especializada. Ainda haverá a audiência de custódia com a professora.
A coordenadora geral do colégio, que não quis se identificar, contou que medidas preventivas já foram tomadas junto ao corpo docente que são, ao todo, 23 profissionais. "Já fizemos uma reunião com eles ontem orientando em como tratar este caso com os alunos. A tensão esperada é hoje pela tarde, que funciona o Ensino Fundamental. Iremos nos reunir com eles (alunos) para esclarecer o ocorrido", revelou. O colégio funciona pela manhã com turmas do infantil.
Segundo a advogada da unidade de ensino, este foi o primeiro caso de escândalo. "Acionamos a Ronda Escolar assim que soubemos da situação quinta-feira, 5, de manhã. Fomos pegos de surpresa, quando os pais da criança entraram aqui revoltados", contou Taynah Ribeiro, acrescentando que "a professora foi demitida. Ela não mostrou resistência e chorava muito. Ela só se desculpava e dizia: 'Fiz besteira, acabei com a minha vida!". Gabriela integrava o corpo docente desde 31 de janeiro deste ano, por meio de uma parceria entre o colégio e o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee).
Em nota, o Colégio São Luís afirmou que, assim que teve conhecimento da situação, desligou a professora da instituição e que presta total apoio para a família e a aluna, e que repudia qualquer tipo de abuso contra menores ou contra qualquer ser humano.
Confira a nota completa:
"Em virtude de notícias veiculadas nesta sexta-feira, 6, o Colégio São Luís vem esclarecer que no mesmo dia que tomou conhecimento dos fatos, adotou, de forma imediata e irrevogável o desligamento da Estagiária de Matemática e informou à polícia e às entidades responsáveis pelo seu contrato: o CIEE e a Universidade Católica do Salvador. Tais fatos ocorreram fora do ambiente escolar.
Informamos ainda que todo apoio está sendo prestado à família e à aluna, e nos colocamos à disposição da justiça para eventuais esclarecimentos.
O Colégio São Luís refuta com veemência qualquer atitude que viole o bem-estar de seus alunos, portanto reforça seu compromisso com a verdade e a justiça e repudia qualquer tipo de abuso contra menores ou contra qualquer ser humano.
Agradecemos a confiança dos pais, responsáveis e toda a comunidade escolar pela confiança nesses 62 anos de história.
Colégio São Luís – Desde 1958 – Compromisso com o Futuro"