Grupo protesta contra perda de direitos das comunidades | Raul Spinassé | Ag. A Tarde
Um grupo de manifestantes ligado ao movimento quilombola ocupou a sede da Superintendência Regional do Incra na Bahia, localizada na Avenida Ulysses Guimarães, no bairro de Sussuarana, em Salvador, na manhã desta terça-feira, 5. No local, os militantes denunciam racismo e cobram regularização fundiária.
"Em honra pelo sangue derramado de nossos ancestrais, pelo presente e pelo futuro de nossos filhos e filhas, netos e netas estamos em campo nos dias 5 e 6 de novembro de 2019, ao som de maracás e tambores iluminados pelos nossos encantados e orixás em defesa de nossas vidas e dos territórios livres", diz carta aberta divulgada pela Articulação Nacional Quilombola (ANQ).
Ainda segundo a publicação, os direitos das comunidades estão sendo ameaçados pelos poderes públicos."Além da letargia na regularização fundiária em nossos territórios percebemos o desmonte de equipamentos públicos de saúde, o fechamento das escolas nas comunidades e a tentativa de privatização das escolas e universidade quando o nosso povo tem acesso", frisa o texto.
De acordo com a ANQ, o Incra é comandado pelo agronegócio, que retarda o avanço da regularização dos territórios quilombolas.