Reajuste salarial é uma das pautas dos trabalhadores | Foto: Everton Santos | Sintepav
Centenas de trabalhadores da construção pesada estão concentrados na região do Campo da Pólvora desde as 8h da manhã desta sexta-feira, 31. A ação faz parte do ato de lançamento da Campanha Salarial 2020, que apresenta uma série de reivindicações. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav - Bahia), mais de mil pessoas, entre desempregados do setor da construção e trabalhadores ativos de obras pesadas, participam da manifestação. O grupo seguirá em marcha até a Câmara de Vereadores.
O protesto tem como tema 'Resistir pelos Direitos, Salários e Democracia' e procura atender um público de 11 mil trabalhadores na Bahia, que fazem parte de 112 obras e de 182 empresas, responsáveis por participar de obras em diversas áreas, desde construção de pavimentação até edificação de barragens.
As negociações, conforme os organizadores, têm como base os valores investidos nas obras que atualmente são realizadas na capital, como as relacionadas ao Veículo Leve de Transporte (VLT), de R$ 2 bilhões, o Tramo 3 do Metrô (R$ 500 milhões), a construção da nova rodoviária de Salvador (R$ 120 milhões), entre outras. Com base nesses dados, o sindicato entende que é possível absorver a mão-de-obra ociosa além de atender outras propostas da campanha.
"Esta marcha é parte do compromisso com os trabalhadores a luta em defesa do emprego, valorização da mão de obra local e das mulheres no mercado de trabalho. Assim iremos intensificar nossa luta luta em defesa do emprego, pela valorização das mulheres no mercado de trabalho e qualificação do trabalho. O nosso objetivo é negociar para garantir nossos direitos, mas se os patrões assim não entenderem, nós vamos fazer uma greve em todo o estado da Bahia", pontuou o presidente do Sintepav, Irailson Warneaux.
Manifestantes caminham em marcha rumo à Câmara de Vereadores | Foto: Everton Santos | Sintepav
As principais reivindicações do grupo são: reajuste salarial de 6%, cesta básica de R$ 500, horas extras 100% aos sábados, domingos e feriados, saúde e segurança no trabalho, manutenção do aviso prévio indenizado, manutenção do contrato de experiência de 30 dias, participação nos lucros e resultados, além de assistência médica.
*sob a supervisão da editora Thaís Seixas