Ressente-se a gente amapaense da atuação firme de representantes da União capazes de defendê-la, em luta para abreviar a agonia | Foto: Rudja Santos | Amazônia Real | Divulgação
O fato de constituir um Estado de geografia e economia periféricas faz do Amapá motivo suficiente para mobilizar a União e os recursos emergenciais, visando restabelecer a normalidade do cotidiano dos brasileiros lá existentes.
São 700 mil amapaenses de 13 cidades sem energia elétrica e não se sabe ao certo se houve dolo, e, mesmo na ausência de intenção, é preciso definir quem paga a fatura da comida estragada, riscos de morte em hospitais escuros, insegurança, entre outros graves danos.
Não se pune por ser fraco; ao contrário, justamente por precisar da mão amiga do governo federal estaria o Amapá em condição de prioridade, em vez da sensação de descaso em acudir quem agora tanto precisa e com máxima urgência.
Por inépcia, má vontade ou dificuldade de gestão originária da soma das duas primeiras hipóteses, o fato é a fuga de responsáveis pela queima de transformador, em investigação rasa e suspeita de proteger possíveis culpados em vez de apontá-los.
O Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá pode não contar com amparo suficiente das forças federais para notificar a empresa Isolux, em novo exemplo de como privatizações só funcionam com a vigilância e o monitoramento de agências públicas.
Ressente-se a gente amapaense da atuação firme de representantes da União capazes de defendê-la, em luta para abreviar a agonia, descartando a oitiva de repetidas e vagas narrativas.
As cantilenas servem a oportunismos de mercado, como aumento do preço de passagens aéreas para quem escapa rumo a Belém, em situação de descaro, pela extorsão praticada sem resistência de órgão do consumidor.
Como destaque positivo, em meio à afronta à estrela do Norte, a Justiça Federal determinou multa de R$ 15 milhões, caso a energia não volte a ser fornecida no prazo máximo de três dias, servindo de alento ao amapaense.