Servidores realizam paralisação de 3h em frente a sede do Cremeb | Foto: Divulgação | Sinsercon-BA
Representantes do Sindicato dos Servidores de Conselhos e Ordens Autárquicas das Profissões Liberais do Estado da Bahia (Sinsercon-BA) realizaram, na manhã desta sexta-feira, 11, uma manifestação em frente à sede do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb). A paralisação começou às 7h, com duração de 3h.
De acordo com o presidente do Sinsercon, Diogo Oliveira, a paralisação ocorre por três motivos principais: falta de cumprimento das orientações de segurança contra a Covid-19, mudanças no plano de saúde e falta de acordo do conselho com o sindicato.
Diogo pontua que desde o começo da pandemia o Cremeb manteve os servidores trabalhando em horário normal e na sede.
"O Conselho não adotou nenhuma das medidas aconselhadas pela OMS [Organização Mundial da Saúde]. O Cremeb não só não fechou, mesmo com a pandemia, como ainda manteve seus servidores trabalhando em horário de pico, tendo que pegar ônibus e se expor ao risco. Tivemos de entrar com ações judiciais para conseguir os equipamentos de segurança e a realização dos exames", conta o presidente da entidade.
Outro problema apontado por Diogo foi a possibilidade de mudança no plano de saúde oferecido pelo Conselho aos servidores. "Em plena pandemia estão pensando em reduzir o plano de saúde, querendo que seja com coparticipação do trabalhador", reclama.
O sindicalista também informou, como motivo da paralisação, que o Cremeb não negocia com o Sinsercon. "O Cremeb não reconhece e diz que não precisa ocorrer negociação entre eles, os trabalhadores e o sindicato", destaca.
Outro lado
Em nota, o Cremeb informou que nega as acusação relatadas e que a autarquia adotou todas as medidas de segurança estabelecidas pelas entidades competentes contra a Covid-19.
Quanto ao acordo coletivo com o sindicato, o conselho se pronunciou informando que a "entidade já manifestou o entendimento garantido por lei que os Conselhos de Fiscalização Profissional são proibidos da celebração deste tipo de acordo econômico".
Por fim, sobre o plano de saúde, o Cremeb pontuou que continuará oferecendo o serviço aos servidores e que, com o fim do atual contrato, está buscando licitar uma nova empresa.