Trabalhadores se reuniram na entrada do edifício sede da Petrobras, no Itaigara
Um ato em defesa da Petrobras paralisou as atividades na sede da empresa, no bairro do Itaigara, na manhã desta sexta-feira, 9. Segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipretro-BA), David Bacelar, a mobilização também defende o plebiscito popular, a democratização da comunicação e a exploração do pré-sal pela Petrobras.
O dirigente ainda afirmou ser contra a CPI da Petrobras, informando que a ação tem por fim atingir a presidente Dilma Rousseff e sua releição. "A gente tem deixado claro nesses atos que tem jogo político por trás dos ataques que a empresa está sofrendo. Hoje, infelizmente, a imprensa tem sido a principal adversária da nossa presidente Dilma na releição", disse.
Bacelar ainda disse que as investigações e as publicações midiáticas em torno do assunto visam destruir a imagem da empresa e favorecer a candidatura do PSDB para presidência da república. "Os recursos arrecadados pelo pré-sal a partir da lei de partilhas, que foi conquistado pelo governo Lula, vão para um fundo social. Esses recursos serão destinados à saúde, educação e mobilidade urbana. A direita assumindo o governo, vai justamente mudar o marco regulatório e a abrir a exploração do pré-sal, que hoje é da Petrobras, para o capital internacional", completou.
O ato durou cerca de quatro horas e reuniu trabalhadores de diversos setores da empresa.
Dilma
Durante jantar com jornalistas no Palácio da Alvorada nesta terça-feira, 7, a presidente Dilma disse não temer a instalação da CPI para investigar suspeitas de irregularidades envolvendo a Petrobras. "Não temo nada de CPI. Não devo nada e, portanto, não tenho temor nenhum. Este é um governo de absoluta transparência", disse.
Apesar de ser favorável às investigações, a presidente afirmou que o objetivo da oposição ao insistir na apuração no Congresso é atingi-la. "Sempre é muito contraditório o tratamento que se dá no Brasil às investigações sobre qualquer coisa. São investigações que só atingem o governo federal (...) O interesse todo nesta história sou eu (...) Eu representava o poder controlador (...)", concluiu.