Ponto de Cira deve mudar de local
A preocupação dos donos dos quiosques com o trabalho durante o período da obra de requalificação da orla de Itapuã também é compartilhada por baianas de acarajé que vendiam o quitute no local.
"Pretendo ficar onde sempre estive trabalhando aqui, com um sombreiro. Ficar tanto tempo sem trabalhar enquanto fazem a obra é morrer de fome. Eu não sei fazer outra coisa da vida. Peço que a prefeitura cumpra a palavra e que a gente fique no mesmo lugar depois da requalificação", ressaltou a baiana de acarajé Tânia Maria de Jesus, 58, que herdou o tabuleiro da mãe e há 44 anos vende em Itapuã.
Cira
A mais famosa das baianas do bairro, Jaciara de Jesus, 63, a Cira, foi convidada, segundo funcionários, a trabalhar no bar Posto 12, em frente ao local onde ela costumava ficar, próximo à ladeira de acesso à lagoa do Abaeté.
"A gente continua pagando conta de luz e água. Eu crio cinco netos. Quando fiz meu quiosque gastei R$ 3 mil", contou a também baiana de acarajé Maria das Graças Cerqueira, 66.
"Vou ter que colocar um sombreiro para trabalhar e, pelo menos, pagar as minhas contas", acrescentou a comerciante.