O escritor Roberto Torres se acorrentou ao galho de um tamarineiro, no dia 3, em protesto à ação da
Moradores da Barra voltaram a denunciar a derrubada de árvores no bairro. Segundo o leitor Carlos Ernesto Ramos, no último dia 20, operários cortavam novos vegetais no Porto da Barra, à noite. "Eu só consegui impedir a ação, porque solicitei a autorização da supressão vegetal e eles não tinham", disse.
No dia 3 de junho, o escritor Roberto Torres já havia se acorrentado ao galho de um tamarineiro, em protesto ao corte de árvores na cidade. Depois do protesto, a prefeitura garantiu que o vegetal não seria derrubado.
Conforme a prefeitura, não haverá mais derrubada de árvores e desde o dia 2 de junho, nenhum vegetal foi retirado da região. Alguns, segundo a assessoria de comunicação, passam apenas por poda, realizada pela Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop).
A assessoria de comunicação da obra de requalificação da Barra informa que 11 árvores foram suprimidas e 21 passaram por poda. Ainda conforme a assessoria, a derrubada foi feita mediante parecer técnico apresentado pela administração municipal.
Segundo a doutora em fisiologia vegetal Maria Aparecida Oliveira, parte das árvores retiradas era de amendoeiras, cujas raízes realmente comprometiam a estrutura do passeio. "Amendoeira não é uma planta ideal para arborização", ela explicou.
Mas, conforme a especialista, alguns vegetais mais antigos e de outra espécie não precisavam ser retirados.
"Para mim, o mais importante no momento é cobrar da prefeitura a reposição arbórea e de espécies adequadas, porque eles não devem substiruir a vegetação por cimento", opinou a bióloga.
Planejamento
Para a jornalista e integrante do movimento Amigos do Meio Ambiente (AMA), Liliana Peixinho, a supressão é fruto da falta de planejamento da prefeitura. "A árvore é um elemento de integração com o ambiente, por tanto deveria ser pensada ao se planejar uma obra", opinou.
Já a moradora e aposentada Aurélia Martins, 64, disse ser a favor da ação da prefeitura. "Algumas árvores estão velhas e as raízes estão danificando o solo", disse a aposentada.
A esteticista Maria Santa Rosa, 50, apoia a ação da prefeitura, desde que sejam plantados novos vegetais. "As que estavam morrendo devem ser substituídas, por meio de um projeto", sugeriu.