Trabalhadores da construção civil estão em estão em campanha salarial
Um protesto de trabalhadores da construção civil bloqueou o trânsito, em ambos sentidos, da avenida Professor Pinto de Aguiar, na manhã desta segunda-feira, 17. A manifestação aconteceu entre o período das 8h30 e e 10h30, e causou engarrafamento em diferentes pontos do bairro de Patamares, orla (av. Octavio Mangabeira) e av. Paralela (av. Luiz Viana Filho).
Os trabalhadores, responsáveis por diferentes obras na região, estão em campanha salarial e realizaram a manifestação como forma de chamar a atenção da população e dos patrões para as dificuldades da categoria. Um novo protesto está agendado para a manhã desta terça, às 8 horas, na região da Pituba. O local exato não foi revelado pelos trabalhadores. As manifestações são realizadas em canteiros de obras como forma de reunir um contingente maior de trabalhadores.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA), foram entregues 63 propostas de ordem social, administrativas e econômicas para os representantes do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), mas os patrões se apresentam resistentes em relação as negociações.
"Já fizemos propostas e eles não se manifestam. Parece que eles estão empurrando a gente para a greve", disse o vice-presidente da Sintracom-BA, Florisvaldo Bispo.
Ainda segundo Bispo, por intermédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE/BA), uma contraproposta foi oferecida pelos trabalhadores e agora a categoria aguarda uma resposta do sindicato patronal. "Esperamos que eles comecem a negociar. Já estamos no mês de março e nada ainda foi decidido", disse o vice-presidente, lembrando que data-base dos trabalhadores é 1º de janeiro.
O presidente da Sinduscon-BA, Carlos Henrique Passos, negou que exista qualquer tipo de resistência em negociar com os trabalhadores. "Temos uma equipe dedicada a essas negociações e que já se reúnem com os trabalhadores desde o fim do ano passado sistematicamente", garantiu.
Passos ainda criticou algumas reivindicações da categoria e alegou que são algumas delas que dificultam um acordo. "Temos que ter uma proposta conivente com a realidade econômica que temos hoje. Houve uma projeção de obras menores e diminuiu muito o número de contratações. Algumas coisas que eles pedem não está de acordo com o cenário real", explica o presidente do sindicato pratonal.
O presidente ainda afirmou que há interesse que um acordo seja realizado o quando antes. "Estamos abertos e temos a expectativa que vamos avançar nas negociação", disse.
Negociação
Uma reunião entre os representantes está agendada para esta terça-feira, 18h às 14h, na sede da SRTE/BA, no centro da cidade. No encontro a categoria deve conhecer a posição dos patrões. Depois disso, uma nova assembleia dos trabalhadores deve acontecer na sexta-feira, 21, para discutir os rumos da negociação.