A operação realizada hoje entre os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) e a Polícia Federal (PF) já prendeu 26 envolvidos num esquema de contrabando de peças e exploração de máquinas caça-níqueis até o começo da noite. Existem ainda outros sete mandados de prisão não cumpridos. Entre os presos, estão quatro investigadores de Jaú, um agente da Polícia Civil de Rio Claro e um policial militar de Jaú. Na ação penal movida pelos promotores, 52 pessoas figuram como réus, inclusive dois delegados, que não foram presos: o seccional de Jaú, Antonio Carlos Piscino, e Roberto de Mello Anníbal, ex-diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior/Deinter-4, em Bauru. Os delegados não foram localizados pela reportagem.
A investigação dos promotores estaduais e federais durou cerca de um ano e começou porque, nessas cidades, o funcionamento ilegal das máquinas caça-níqueis não foi combatido pelos policiais. Quatro grupos criminosos participaram do esquema, segundo os promotores. As máquinas caça-níqueis teriam saído de Rio Claro. Todos os presos responderão inquérito por formação de quadrilha e por corrupção ativa dos agentes públicos. Os policiais envolvidos ainda responderão por corrupção passiva, facilitação de contrabando e prevaricação. Dois investigadores, com mandados de prisão expedidos, não foram localizados até o fim da tarde de hoje.
Segundo o delegado da PF em Bauru, Antonio Vaz de Oliveira, 130 agentes, de dez delegacias e da superintendência de São Paulo atuaram na operação. Os agentes públicos foram levados aos presídios de suas instituições e os demais para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru.