Os metalúrgicos ligados à Força Sindical no Estado de São Paulo entraram em greve hoje para pressionar o governo pelo aumento salarial e garantia das cláusulas sociais da convenção coletiva. Ainda não há um balanço de quantos trabalhadores aderiram à paralisação, segundo o sindicato, mas a estimativa é que a greve envolva nesta manhã cerca de 190 mil trabalhadores no Estado.
Ainda segundo o sindicato da categoria, a paralisação nesta manhã será nas maiores empresas do Grupo 19-3 (de máquinas e eletroeletrônicos) em todo o Estado, setor que emprega quase 50% dos 700 mil trabalhadores da categoria. Isso significa que o movimento deve envolver perto de 190 mil trabalhadores em vários municípios, Ribeirão Preto, Osasco, Guarulhos, Mococa, Jundiaí, Piracicaba, Santa Bárbara DOeste, Mogi Guaçu, Tupã, Araçatuba, entre outros.
Hoje à tarde, o comando sindical vai fazer uma avaliação do movimento, e se os grupos patronais não apresentarem uma contraproposta satisfatória, as greves serão intensificadas. A categoria recusou a única proposta salarial de 6%, do Grupo 19-3, que também quer reduzir vários benefícios da convenção coletiva, entre eles, a comissão eleitoral da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e o item que prevê que apenas empregados próprios, e não terceirizados, podem fazer serviços de manutenção mecânica e elétrica.
A campanha salarial envolve 53 sindicatos metalúrgicos no Estado. A data-base é 1º de novembro e a categoria reivindica reajuste salarial de 12%, piso único de R$ 900, fim da terceirização ilegal, obrigatoriedade de negociação da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), entre outras.