O delegado Carlos Pereira, da Polícia Federal de Niterói, irá vistoriar o navio Roko, que na noite da terça-feira da semana passada bateu no barco pesqueiro Costa Azul, na Baía de Guanabara. O barco que levava 12 pessoas afundou em seguida e oito pessoas morreram, sendo cinco mergulhadores e três marinheiros. Os tripulantes do navio serão ouvidos pelo delegado amanhã.
O barco Costa Azul deverá ser içado hoje. Uma equipe da Capitania dos Portos do Rio esteve no local do acidente para analisar a melhor forma de salvar a embarcação, que afundou a uma profundidade de 37 metros. De acordo com o comandante Macedo Júnior, relações públicas do 1º Distrito Naval do Rio, em torno de 135 pessoas estão envolvidas na operação de salvamento do Costa Azul.
Além da Capitania dos Portos, participam da análise mergulhadores da empresa que havia contratado o Costa Azul, a Tecsub, que atua nas obras do emissário submarino da Barra da Tijuca. O consórcio Nova Barra, responsável por essa obra, também participa da operação. Um rebocador da Marinha e uma embarcação com guindaste são parte do equipamento que está no local do acidente para tentar içar o barco, informou o comandante Macedo.
Segundo ele, "há várias maneiras de fazer flutuar o barco". Como exemplo, citou o bombeamento de água em "compartimentos estanques" do barco, utilização de "grandes bolas de ar em pontos rígidos da embarcação" ou cintas em torno do Costa Azul para o seu içamento. O local do naufrágio tem visibilidade de apenas 70 centímetros, o que dificulta a análise para o seu salvamento.