O policial militar José Benedito da Silva foi condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pela tentativa de assassinato da publicitária Renata Guimarães Archilla, no Morumbi, em 2001. Benedito, que também perdeu o cargo de PM, teve a prisão decretada durante a leitura da sentença pela juíza Patrícia Álvares Cruz.
O réu vestiu, pela segunda vez, a roupa de Papai Noel com que tentou matar Renata. Ele usou a roupa a pedido de seu advogado, Celso Vendramini, no plenário 7 do 1º Tribunal do Júri, para tentar mostrar que as vestes eram grandes demais para seu tipo físico, logo, ele não poderia ser o autor do crime. Os jurados não se convenceram e o condenaram, por 4 votos a 3, por tentativa de homicídio qualificada, por entenderem que ele não deu chance de defesa à vítima.
Patrícia ressaltou que o crime cometido por Benedito era mais grave devido a sua condição de policial militar com obrigação de proteger a sociedade. Segundo ela, os três tiros disparados contra Renata foram um ataque covarde, que "exige rigorosa reprovação". Renata ficou muito emocionada ao saber da decisão e disse que a Justiça foi feita. "Estou encerrando aqui esse pedaço da minha vida que quero esquecer que aconteceu", afirmou. "Eu nunca iria acusar uma pessoa se não tivesse absoluta certeza que foi (autor do crime)."
Para o promotor Roberto Tardelli, a pena foi adequada, bem como a prisão e a perda do cargo. "Ele não tem condições de envergar essa farda gloriosa", afirmou. O próximo passo do promotor será, no menor prazo possível, denunciar os mandantes do crime que, segundo ele, são o pai e o avô de Renata. O advogado do réu, Celso Vendramini, já adiantou que vai recorrer.