A chefia da Polícia Civil de Minas Gerais determinou que a Corregedoria Geral investigue as circunstâncias em que armas brancas, drogas, bebidas alcoólicas, alimentos, aparelhos celulares, equipamentos eletrônicos e dinheiro entraram no Centro de Remanejamento de Segurança Pública (Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O farto material proibido foi encontrado durante uma operação pente-fino empreendida como parte do processo de transferência da administração do Ceresp da Polícia Civil para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), na última terça-feira.
Nas celas, agentes penitenciários e policiais civis da Delegacia Regional encontraram cerca de cinco quilos de maconha, além de crack e cocaína. Caixas de cerveja, aproximadamente 20 litros de cachaça e produtos para churrasco também foram achados. Foram recolhidos ainda entre R$ 5 mil e R$ 6 mil em dinheiro, armas brancas, TVs, ventiladores, videogame, freezers, entre outros objetos. Para o transporte do material foi necessário o uso de caminhões.
Autoridades da Seds ficaram alarmadas com o resultado da varredura. O material apreendido foi repassado ontem à Polícia Civil e o delegado-chefe, Marco Antônio Monteiro de Castro, cobrou "apuração rigorosa". A Delegacia Regional de Juiz de Fora também promete abrir sindicância. Na unidade, conhecida como "cadeião", atuavam 31 policiais civis, sendo um delegado. O Ceresp abriga atualmente 612 detentos, mas a capacidade seria para 240. Segundo a Seds, no período de transição será feito um amplo diagnóstico do perfil dos presos.