Pelo menos cinco ações contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo correm na Justiça. A partir de hoje, o bilhete de metrô, trens e ônibus custa R$ 2,30 - com aumento acima da inflação.
Ontem, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ingressaram cada com uma ação civil pública com pedido de liminar. A urgência da Une já foi negada, agora falta o mérito. A entidade vai recorrer. As três ações visam barrar o reajuste ou que ele seja fixado, pelo juiz, com um valor abaixo do atual.
O vereador Antônio Donato (PT) também entrou com mandado de segurança na segunda-feira para impedir o aumento. Há uma semana, um grupo de estudantes da PUC de São Paulo apresentou uma ação popular, que espera parecer do Ministério Público Estadual para depois voltar à 3ª Vara da Fazenda Pública para a decisão em primeira instância.
Estudantes fizeram ao menos duas passeatas ontem. A primeira, pela manhã, foi promovida pelo movimento estudantil e CUT. Teve cerca de 300 manifestantes, que percorreram as ruas do centro da capital. O ato contou com integrantes da 3ª Marcha do Salário Mínimo, das centrais sindicais, que defende um mínimo de R$ 420,00. Com isso, o ato chegou a ter mil pessoas, segundo a PM.
À tarde, cerca de 100 estudantes do Movimento Passe Livre saíram da Avenida Vital Brasil e seguiram pela Avenida Rebouças até o cruzamento com a Rua Henrique Schaumann. Pelo trajeto, eles foram escoltados por viaturas e motos da PM.
Um helicóptero da polícia também sobrevoou a passeata. A manifestação, pacífica, foi para convocar a população para um ato hoje, a partir das 16 horas, com concentração em frente ao Teatro Municipal. As entidades estudantis também fazem manifesto a partir das 9 horas, saindo da Praça Ramos.