OMS prevê crescimento de 30% dos acidentes fatais até 2030
Os acidentes com motocicletas foi um dos principais temas debatidos na manhã desta quarta-feira, 19, durante o início da 2ª Conferência Global de Alto Nível Sobre Segurança no Trânsito - Tempo de Resultados, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. Segundo o ministro da saúde, Marcelo Castro, das 163 mil internações na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) por conta de acidentes de trânsito em 2013, 88 mil foram por incidentes com motocicletas.
"O Brasil, a exemplo dos outros países, manteve a estabilidade do número de mortes no trânsito, mas não conseguimos reduzir esse número. Isso aconteceu muito em função das mortes por motocicletas, que estão crescendo. Se assim não estivessem, o Brasil estaria melhor, com o índice declinante", afirmou o ministro.
No Brasil, a taxa de mortalidade no trânsito cresceu de 19 óbitos por 100 mil habitantes para 23,4 por 100 mil habitantes entre 2009 e 2013, segundo o recém-lançado Relatório Global sobre a Situação da Segurança no Trânsito 2015, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em comparação entre os anos de 2012 e 2013, o Brasil reduziu o número de mortes no trânsito de 44,8 mil para 42,3 mil.
A presidente Dilma Rousseff destacou, durante a abertura do evento, que o encontro é uma excelente oportunidade para realizar um balanço dos resultados alcançados até agora. O ano de 2015 marca a metade da Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020, que tem o objetivo de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito em todo o mundo. "É preciso avançar na redução do número de mortes no próximo quinquênio, especialmente quando as projeções da OMS anunciam um crescimento de 30% dos acidentes fatais até 2030", afirmou a presidente.
Ela destacou, ainda, que o Brasil tem desenvolvido ações em diversos campos visando esta redução, a exemplo as legislações recentes de obrigatoriedade do uso da cadeirinha e do endurecimento da lei seca e da maior punição para as ultrapassagens proibidas em rodovias.