Empresa sugeriu método alternativo de transporte e armazenamento / Foto: Justin Tallis | AFP
O ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto afirmou que seria um "crime" não cogitar a compra da vacina da Pfizer e disse acreditar na logística proposta pela fabricante para atender à exigência de baixíssimas temperaturas.
O Ministério da Saúde informou esta semana trabalhar inicialmente com a possibilidade de vacinas que possam ser armazenadas entre 2º C e 8º C,o que deixaria de fora os produtos da Moderna e Pfizer, por exemplo.
A vacina da Pfizer necessita de temperaturas inferiores a -70º C. No entanto, o laboratório sugeriu utilizar contêineres com gelo seco para armazenar o imunizante por até 15 dias.
"Acredito que boa parte do Brasil teria condição de trabalhar com essa logística. Colocar fora da possibilidade a compra da vacina da Pfizer eu acho ruim, um crime. Como eu não vou ter um número suficiente da AstraZeneca, da Coronavac, teríamos que contar com a vacina da Pfizer. O governo está falando só da vacina da AstraZeneca hoje, o que eu acho um equívoco", declarou o ex-presidente da Anvisa, em entrevista à CNN Brasil. Vecina ressaltou que o imunizante da Astrazeneca tem um custo de 6 dólares por pessoa, enquanto a vacina chinesa custa 20 dólares e da Pfizer, 40 dólares. "Mas temos que olhar para o custo na economia. A chegada do imunizante permitirá destravar a economia. Não dá para ser estreito, burocrático, como está sendo pensado pelo ministério", avaliou.