Unidades de saúde no Amazonas ficaram sem oxigênio após a explosão de casos da Covid-19 | Foto: Herick Pereira | Secom
Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda nesta sexta-feira, 15, para reverter a situação.
>> Luciano Huck convoca panelaço contra governo Bolsonaro: "Sem oxigênio, sem vacina, sem governo"
>> Colapso no sistema de saúde do Amazonas gera críticas ao governo federal
Os cilindros de oxigênio estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à Covid-19. Agora os materiais adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%. As informações são do jornal Estadão.
A Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à Covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”.
O sistema de saúde de Manaus vive uma crise sem precedentes com o avanço dos casos de Covid-19. As internações na capital do estado do Amazonas, nos últimos dias, bateram recordes e unidades de saúde ficaram sem oxigênio. Como alternativa, pacientes estão sendo transferidos para outros estados.