No total, 1,4 milhão de pessoas morreram no ano passado | Foto: AFP
O ano de 2020 registrou a maior mortalidade de pessoas no Brasil, de acordo com dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que representa os cartórios. No total, 1,4 milhão de pessoas morreram no último ano, retratando uma taxa de aumento de 8,6% se comparado ao ano de 2019. As informações são do Estadão.
Segundo a associação, os números estão ligados à pandemia do novo coronavírus e, portanto, os número de óbitos registrados em 2020 ainda pode crescer, visto que o intervalo entre a data do falecimento e o seu registro no Portal da Transparência do Registro Civil pode demorar até 15 dias. Afinal, com a pandemia, muitos estados ainda editaram suas regras para o registro das mortes, expandindo os prazos, devido ao tempo necessário pelos órgãos de saúde para diagnosticar se os óbitos foram provocados pela covid-19, ou não.
A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais divulgou que as mortes ocorridas em casa aumentaram 22,2%. Entre as mortes ocorridas em domicílio, o maior crescimento foi de mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave, que aumentou 710%. Já nos hospitais, também houve uma explosão de falecimentos justificados por essa síndrome, com crescimento de 988%. De acordo com a associação, esse dado é de suma importância, pois casos de Covid-19 não identificados até o falecimento do paciente são registrados como Síndrome Respiratória Aguda Grave.
No geral, houve aumento de 34,9% de mortes causadas por doenças respiratórias, sendo a Síndrome Respiratória Aguda Grave a principal responsável pelo crescimento. Os falecimentos causados por sintomas cardíacos também aumentaram em relação a 2019, passando de 270,2 mil para 284,1 mil, isto é, uma elevação de 5,1%. Desses casos, os sintomas cardiovasculares inespecíficos subiram 28,8% entre os anos.