Cardozo defendeu investigação sobre supostos atos ilegais cometidos por procuradores da Lava Jato
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, em nota divulgada neste sábado, 13, defendeu investigação sobre os supostos atos ilegais cometidos por procuradores da Lava Jato para a obtenção de provas.
“Se é imoral juízes combinarem estratégias com advogados para absolverem réus, é igualmente imoral que atuem em conluio com o Ministério Público para isentar aliados ou condenar desafetos pessoais, políticos ou ideológicos, na defesa de um projeto de conquista do poder político”, prossegue a nota.
Em junho de 2019, o site The Intercept divulgou conversas envolvendo o ex-juiz Sergio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e outros profissionais da equipe de julgamento do ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá.
No início de fevereiro deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski retirou o sigilo da ação que tramita na Corte na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve acesso a mensagens da Operação Spoofing. Dias depois, a Segunda Turma da Corte liberou o conteúdo para a defesa de Lula.
Os advogados do ex-presidente têm a intenção de usar o material para anular processos aos quais o petista responde na Justiça. O argumento da defesa é que houve perseguição da Lava Jato.