Da Agência Estado
No ano da Copa, o Brasil vai aproveitar a vitrine da Alemanha para se apresentar ao mundo como produtor de outras coisas além de bom futebol, café e samba. De software a instrumentos musicais, passando por moda e plásticos, 2006 será o ano de promover produtos brasileiros entre os alemães com o objetivo de abrir caminho para exportações futuras. Alemanha será a nossa prioridade, disse o diretor-técnico da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Cláudio Borges
Empresas exportadoras brasileiras de pequeno e médio portes participarão de feiras na Alemanha ao longo de todo o ano. Já em janeiro, estarão em uma feira de têxteis e confecções em Frankfurt e outra de móveis em Colônia. No total, está prevista a participação em 30 eventos em todo o país, que vão da venda de produtos orgânicos a artigos esportivos e, naturalmente, cachaça.
Até março, será inaugurado na Alemanha um centro de distribuição de produtos brasileiros nos moldes do que já existe em Miami, nos Estados Unidos. O centro de Miami funciona como um depósito e tem ajudado a impulsionar as vendas no mercado americano, segundo Borges. Um outro centro será inaugurado em Portugal ainda no primeiro semestre do ano.
A promoção do Brasil na Alemanha se junta a outras estratégias que já estão em funcionamento, como a degustação de frutas e outros alimentos brasileiros nos supermercados da rede Carrefour em toda a Europa. Produtos brasileiros fizeram sucesso em vendas especiais realizadas em grandes lojas de departamento, como a Selfridges (Inglaterra) e a Printemps (França). Neste ano, estão em negociação eventos semelhantes em grandes lojas da Itália e da Alemanha.
Mas não é só o primeiro mundo que está na mira dos exportadores brasileiros. Em julho, um grupo de empresas parte para Angola, onde participa de uma feira chamada Filda. O objetivo é vender alimentos, bebidas, material de construção, máquinas e equipamentos, bijuterias, confecções, móveis e utilidades domésticas. Em março, será a vez da Expocomer, uma feira realizada no Panamá, onde serão oferecidos de alimentos a material didático. O Panamá é um um centro de distribuição para toda a América Central e o Caribe.
Em setembro, será a vez de Moçambique, numa feira chamada Expocruz, onde há interesse em produtos petroquímicos, autopeças informática e eletrônicos, entre outros. Também está nos planos da Apex levar empresas para uma feira na Jordânia chamada Rebuild Iraq. A participação, porém, ainda não está confirmada.