Os diretores da General Motors (GM) não receberão bonificações em dinheiro, pelo segundo ano consecutivo, após as perdas de US$ 2 bilhões do fabricante de automóveis em 2006, segundo informações publicadas hoje.
A decisão da GM contrasta com a adotada por outras duas grandes empresas do setor, Ford e o fabricante de autopeças Delphi, que recentemente acertaram o pagamento de bônus a seus diretores.
Um porta-voz da GM declarou ao jornal "The New York Times" que a medida afetará vinte executivos, incluindo o presidente e executivo-chefe, Rick Wagoner, e o vice-presidente, Robert Lutz.
Após os US$ 10,5 bilhões que a GM teve em 2005, a empresa decidiu deixar de distribuir bonificações entre seus altos executivos.
Mas de acordo com documentos apresentados pela empresa à Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos, a empresa recompensou sim 10 de seus executivos com ações da companhia, avaliadas em US$ 18 milhões. Deste total, Wagoner recebeu títulos no valor de US$ 2,8 milhões.
A Ford, que em 2006 perdeu US$ 12,7 bilhões, disse no começo do mês que pagaria "bônus modestos", de US$ 500, a todos seus empregados nos EUA e Canadá.
Já as gratificações para cerca de 6 mil gerentes da empresa no mundo todo foram de até US$ 15 mil, enquanto para outros executivos a bonificação começou a partir deste valor, segundo assinalou hoje o jornal "Free Press".
Na semana passada, o juiz federal que supervisiona a moratória da Delphi autorizou que os diretores da companhia recebessem este ano até US$ 37 milhões em bônus.
No ano passado, a Delphi perdeu US$ 5,5 bilhões, enquanto que em 2005 as perdas foram de US$ 2,4 bilhões.