Está confirmado para o mês de setembro o início das obras de construção do Horto Bela Vista, um bairro planejado que vai reunir, numa área de 340 mil metros quadrados, 19 torres residenciais, um shopping, três edifícios comerciais com heliponto e um colégio, entre outras intervenções. O investimento previsto pelo grupo JHSF para o negócio é de R$ 1,2 bilhão, o que inclui R$ 30 milhões em intervenções no tráfego da BR-324, Rótula do Abacaxi e a Avenida Silveira Martins, no trecho próximo à Ladeira do Cabula, com a construção de duas pontes, uma via marginal e uma passarela subterrânea.
Os responsáveis pelas obras garantem que a localização do Bela Vista, em área onde não existem hoje empreendimentos de alto padrão, não deve causar problemas. “A proximidade das moradias entre pessoas de diferentes classes sociais é uma característica que pode ser verificada em todas as regiões de Salvador”, destaca o engenheiro Luciano Amaral, lembrando que isso acontece em bairros como a Barra, Pituba e a Avenida Paralela. “O Bela Vista tem a dimensão de um bairro. Salvador tem essa mistura”.
Crise – O mesmo otimismo se repete quando o assunto é a crise financeira internacional. “Chegamos em fase de mudanças no mercado por conta da crise”, reconhece o presidente-executivo da JHSF, José Auriemo Neto. O que ajuda a manter o nível de atividade, aponta ele, é que o imóvel é percebido também como uma possibilidade de investimento. “É um patrimônio que muitas vezes é adquirido já com a finalidade de investir”, comenta.
Neste sentido, avalia Auriemo, a estratégia de construir o bairro, como todo o leque de serviços, serve para valorizar o investimento. “Quando você oferece um projeto urbanístico completo, o interesse do cliente aumenta”, garante, apontando como explicação as próprias características da vida moderna. “No Bela Vista, é possível ter em um mesmo local a moradia, a escola dos filhos, escritórios de negócios e um local para compras”.
De acordo com ele, o modelo está sendo bem recebido pelo poder público. Na última vinda a Salvador, o empresário paulista diz que esteve com o governador Jaques Wagner. “Ele quis saber sobre o andamento dos investimentos e os empregos gerados para o Estado”, lembra Auriemo.
Lançado em setembro de 2008, o empreendimento alcançou 57% do total de vendas das unidades nas cinco primeiras torres residenciais lançadas em um intervalo de três meses, de acordo com o balanço da empresa divulgado em dezembro. “As vendas estão bem acima do que esperávamos”, aponta. Segundo ele, o bom ritmo de comercialização provocou uma valorização no preço dos imóveis entre 15% e 20%.
Informações do balanço da JHSF dão conta de que a empresa tem 84% de suas atividades na região Sudeste e que os principais públicos são os com renda média alta (68%) e alta premium (30%). A reserva da construtora em terrenos é de R$ 13,7 bilhões de reais.