A empresa projeta a demissão de cerca de 5.000 empregados no Brasil
O Ministério Público do Trabalho e representantes da Ford terão nesta quinta-feira, 14, uma audiência virtual para discutir demissões com o fim das operações nas fábricas de Taubaté, no interior de São Paulo, Camaçari, na Bahia, e Horizonte, no Ceará.
A empresa projeta a demissão de cerca de 5.000 empregados no Brasil e na Argentina.
Além do procurador-geral do trabalho, Alberto Balazeiro, e de representantes da Ford, deverão participar da audiência Ronaldo Lima dos Santos, da Conalis (Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social), e Bruno Bianco Leal, secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Na terça, 12, o diretor jurídico da empresa americana, Luís Cláudio Casanova, participou de uma videoconferência com a presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria Cristina Peduzzi.
Segundo o tribunal, os representantes da empresa comunicaram ao TST o encerramento de parte das atividades no Brasil.
Casanova disse à ministra que o fechamento das fábricas decorre de uma reestruturação da empresa na América Latina. Segundo ele, a empresa buscou alternativas para evitar o fechamento das fábricas, mas a pandemia elevou o prejuízo anual da montadora, inviabilizando a permanência das operações no Brasil.
O advogado da Ford também afirmou, de acordo com o TST, que a empresa valoriza a negociação coletiva e busca manter "uma postura de apoio aos parceiros".