Com esses eventuais oito pontos extras, a briga hoje seria por vaga na Taça Libertadores
Falhas na zaga e também no ataque. Erros grotescos que foram decisivos para que o triunfo no clássico não fosse conquistado. Pior do que passar raiva no último Ba-Vi foi constatar que os vacilos dos jogadores do Bahia já tinham marcado presença em outras partidas deste Campeonato Brasileiro. E custaram caro.
Num ligeiro exercício de memória, é possível lamentar as chances desperdiçadas de ter acumulado, pelo menos, mais oito pontos na competição – contando aí o confronto com o maior rival. Tudo por causa de deslizes capitais.
Com esses eventuais oito pontos extras, a briga hoje seria por vaga na Taça Libertadores da América. No primeiro turno, frente ao São Paulo, o atacante Kayke (hoje no Fluminense) perdeu oportunidades claríssimas de consolidar o triunfo azul, vermelho e branco. O castigo foi o empate são-paulino nos acréscimos.
Gols perdidos também foram determinantes para o 0 a 0 diante do Atlético-PR na Arena Fonte Nova. O Tricolor teve muito mais volume de jogo naquela ocasião, mas só ficou no quase. Contra o Palmeiras, o Esquadrão esbarrou na própria incompetência nos momentos de encaixar os contra-ataques e amargou mais um empate em casa.
No derradeiro clássico, Júnior Brumado perdeu gol feito e Douglas Grolli protagonizou falha bisonha no segundo tento rubro-negro. Aliás, a chance ‘desprezada’ pelo jovem centroavante tricolor seria crucial se as redes fossem balançadas. Pessoalmente, acho que a escalação de Brumado foi uma afronta ao tamanho do clássico. Edigar Junio, por mais que não estivesse numa fase favorável, deveria ter sido o titular. Ainda tivemos a frustração de ver um triunfo escapar diante do Grêmio devido a interpretações equivocadas da arbitragem.
Tudo ou nada
Daqui em diante, vale ir para o tudo ou nada para manter vivo o sonho de chegar à Libertadores. O próximo adversário, o Atlético-MG, não está num momento na competição que o torne favorito na partida.
O Galo é o dono atual da sexta colocação na Série A – a última a assegurar vaga na disputa continental. Entre o time mineiro e o Bahia, são seis pontos de diferença. O Tricolor de Aço vai precisar se impor e reduzir toda a margem de erro que já criou problemas em rodadas anteriores.
Se a equipe repetir a garra e seguir acreditando na conquista dos três pontos como vimos ontem, diante do Ceará, o Bahia diminui a distância para o Atlético. Só não pode deixar a ambição de lado quando a pontuação necessária para se salvar da queda à Série B for alcançada.
Os tricolores não merecem mais apenas se contentar com pouco. A presença na próxima Copa Sul-Americana (se a arrancada dos sonhos rumo à ‘Liberta’ não se concretizar) é até uma obrigação pelo que o Bahia já produziu até aqui. Basta parar de hesitar e de ter medo de ser grande.