Arthur fica de fora da partida deste domingo, por ter contrato com o Palmeiras
O torcedor do Bahia lamenta a situação, mas já está meio que se acostumando com o fato de o time entrar desfalcado contra adversários que emprestaram atletas para o clube. Diante do Palmeiras, o zagueiro Juninho e o atacante Artur, destaques do Esquadrão, não poderão atuar por terem contrato com o Alviverde.
O contundido meia Guerra é outro jogador tricolor que tem vínculo com o Verdão e também nem poderia entrar em campo se estivesse liberado pelo departamento médico. Na rodada passada do Campeonato Brasileiro, o volante Ronaldo não pôde ser relacionado pelo técnico Roger Machado por ter vindo de empréstimo do Flamengo.
Pelo mesmo motivo, o treinador do Tricolor de Aço não poderá contar com o zagueiro Marllon e o atacante Lucca quando a equipe baiana for enfrentar o Corinthians na largada do returno.
Cotado para ser titular no próximo domingo, o lateral João Pedro, que deve ser escalado no meio, foi desfalque no confronto com o Palmeiras em maio do ano passado, pela Série A, porque estava emprestado ao Bahia pelos próprios palestrinos – que o negociaram ao Porto, de onde ele acabou de chegar ao Fazendão.
O outro lado da moeda para o Esquadrão se limita ao meia Régis, cedido por empréstimo ao Coringão. E ele nem vem figurando nas partidas do Timão... Por ora, não vejo possibilidades de o Bahia ficar livre desse empecilho, especialmente quando precisa se reforçar para a disputa do Brasileirão.
Adquirir atletas titulares de algum dos clubes que compõem o chamado ‘G12’ do futebol nacional (os quatro grandes de Rio e São Paulo, além das duplas de gigantes de Minas e Rio Grande do Sul) é tarefa árdua para o Bahia. Rodrigo Lindoso, que tinha vaga cativa no meio de campo do Botafogo, até foi especulado por aqui, mas se transferiu para o Internacional. Atletas com o perfil citado acima trazidos pelo Bahia foram o atacante Thiago Ribeiro, do Atlético-MG, e o lateral-direito Wellington Silva, oriundo do Fluminense. Ribeiro teve trajetória pífia em 2016 e Silva sofreu lesão grave no joelho esquerdo, atuando só em três partidas no ano seguinte.
Se uma elevação de patamar nas contratações ocorrer, não será mais nesta temporada. O desempenho do elenco atual, que vem correspondendo na dedicação, pode ser decisivo para atrair jogadores cada vez melhores.
Hipocrisia
Essas cláusulas que impedem o atleta de enfrentar o clube que o emprestou cheiram a hipocrisia. Afinal, a cessão do jogador sugere que ele não ‘serviu’ para a equipe com a qual possui vínculo. Então, qual o temor de tê-lo como adversário? Outro ponto negativo é o risco de ver o jogador ser negociado. O Bahia perdeu João Pedro em 2018 assim. Com a janela europeia aberta até o fim de agosto, a boa fase de Artur é que acende o alerta.