Oito clubes da Série B ainda não conseguiram engrenar uma segunda vitória seguida na competição. Além dos últimos cinco colocados, o Leão também não embalou. Esta talvez seja a explicação para aquele sentimento de que não perdemos tanto, mas nunca alcançamos o G-4. Ninguém consegue andar apenas na primeira marcha.
Até conseguimos uma invencibilidade de cinco jogos, mas com quatro empates e um triunfo. O carro não anda assim, bicho. Esse ‘morde e assopra’ não ajuda na manutenção de um clube entre os primeiros da Segundona. Cuiabá, Paraná, Ponte Preta e Chapecoense, os habitantes do G-4, conseguiram pelo menos duas sequências de duas ou mais vitórias seguidas na competição. O líder já cravou um embalo de quatro triunfos, enquanto os demais fizeram pelo menos três partidas consecutivas conquistando três pontos.
O nosso último adversário, o CSA, é um exemplo vivo de que uma arrancada pode surtir efeito. Há três rodadas, o representante alagoano era o lanterna da competição, com apenas quatro pontos. Com o nosso vacilo no Barradão, o CSA alcançou a terceira vitória seguida na Série B, subindo para a 13ª colocação, com 13 pontos, quatro a menos que o Leão. Hoje, contra o Operário-PR, mais uma vez o Vitória tem a chance de entrar no famigerado G-4. Na verdade, o seleto grupo nunca esteve tão próximo (meu medo é esse). Caso vença os paranaenses, o Vitória chega aos 21 pontos, um a mais que a Chape. Depois, é só jogar aquele secador, pois precisamos urgentemente entrar nessa zorra, pelo menos para dar um gás a mais.
Contudo, no jogo contra o Operário, a falta de sequência não é nem a maior preocupação. O Leão precisa também vencer fora do Barradão. Apenas o lanterna Oeste, o Confiança e o Vitória ainda não arrancaram três pontos na cada dos outros. Outra: há três jogos o Operário não vence e a fama de ‘levanta defunto’ incomoda. Vamos pensar positivo para o homem da expertise não rodar a baiana. Depois do embate de hoje, serão dois jogos no Barradão: América Mineiro e Avaí. Eles não estão entre os primeiros, mas são concorrentes.
Para quem tem pretensões de se livrar da Segundona, não basta apenas estar na cola do pelotão de frente. O peso do Vitória não condiz com o desempenho do ‘quase entramos no G-4’. É preciso entrar (lá ele!) e não sair mais. Só conseguimos este gostinho uma vez nesta edição, na segunda rodada. Depois, um equilíbrio que não ajuda: 4 derrotas, cinco empates e três derrotas. Pivetti precisa envenenar este elenco e conquistar a primeira sequência de vitórias na competição. O torcedor do Vitória não pode se contentar com esse ‘chove não molha’.