Devem chegar um goleiro, um zagueiro, pelo menos dois volantes e um ou dois atacantes | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia
A equipe principal, que terminou a temporada com uma boa sequência, ainda não estreou, mas já são quatro partidas da temporada 2021 com o grupo de transição. Se começou muito bem, com triunfo na Copa do Nordeste, não está conseguindo bons resultados no Baiano e tem apenas três pontos de nove disputados na competição. A segunda derrota aconteceu ontem contra a Unirb. O jogo de domingo, contra o Vitória da Conquista, já ganha maior importância. Mas antes disso, o time principal estreia na segunda rodada do Nordeste contra o Botafogo da Paraíba, sem muitas novidades com relação à equipe que finalizou o Brasileiro, apenas as forçadas por ausências.
Sou, por essência, defensor da manutenção da base da equipe de um ano para outro. Sei, porém, que fica até difícil fazer essa defesa agora, depois de uma temporada que, por uma série de razões, terminou por ser frustrante para o Tricolor. De 2019 para 2020, eu tive maior convicção de que um esforço deveria ser feito para manter grande parte do elenco. Ainda que a ideia de uma vasta reformulação já tivesse força devido à queda de rendimento da equipe no segundo turno do Brasileiro, eu acreditava que poucos, mas bons reforços tornariam aquele grupo mais forte.
De certo, a mudança de 2020 para 2021, ainda não finalizada, já parece maior do que a da virada de temporada anterior. Como esperado. Da equipe que terminou a competição atuando como titular em 2019, por exemplo, apenas Artur Victor e Moisés tinham deixado o clube logo no início do ano de 2020. Agora, dos 11 que vinham atuando nessa reta final, de recuperação no Brasileiro, três já saíram: Gregore, Ronaldo e Ernando. Deixo claro que ficaria feliz com a permanência dos três.
Entendo, mesmo lamentando, a necessidade da saída de Gregore em decorrência da condição financeira do clube, mas acredito que Ernando e Ronaldo deveriam permanecer. Não abriria mão da tentativa de renovação com os dois antes de conseguir uma reposição. O clube anunciou a saída também de Zeca, Elton, Anderson e Fessin, todos com contrato encerrado em fevereiro. Clayson também deve ir para outro clube, assim como outros atletas ainda com contrato.
Mesmo com tantas saídas, o cenário ainda está distante do que acontecia um tempo atrás. Lembro que em parte das décadas de 1990 e de 2000 era muito comum uma reformulação geral de um ano para outro. Começava praticamente do zero. Em alguns anos, o Bahia iniciava sem um time completo para mandar a campo, caso houvesse necessidade. Sem um mínimo de 11 jogadores com contrato. Essa mentalidade mudou. Felizmente. E agora o Bahia já tem uma base para a temporada, logicamente precisando de bons reforços. Até agora o clube não anunciou nenhum para o grupo principal. Segundo o presidente, devem chegar um goleiro, um zagueiro, pelo menos dois volantes e um ou dois atacantes de velocidade.
Hoje, o grupo principal conta com: os goleiros Douglas, Claus e Matheus Teixeira; os zagueiros Lucas Fonseca, Anderson Martins e Juninho; os laterais Nino, Matheus Bahia, João Pedro e Juninho Capixaba; os volantes Patrick de Lucca, Ramon e Édson; os meias Rodriguinho, Ramírez (lesionado), Daniel e Marco Antônio; e os atacantes Rossi, Gilberto, Gabriel Novais, Alesson e Thiago.
Acredito que alguns nomes do grupo de transição podem ter chances na temporada como os atacantes Marcelo Ryan, Ronaldo, Gustavo e Daniel Penha, o meia Jeremias, os volantes Raniele e Bruno Camilo, os laterais Renan Guedes, Borel, Felipinho e Hélio Júnior, além dos zagueiros Gustavo Henrique e Ignácio.