Rotina na obra é intensa, com movimentação de caminhões e tratores
Após a derrota para o Internacional, no domingo, a segunda-feira, 24, foi de folga para todo o elenco do Bahia. Os campos do Fazendão ficaram vazios. Porém, a 56 quilômetros dali, no município de Dias D'Ávila, nada de maré mansa. Sob temperatura próxima aos 37°, cerca de 210 funcionários trabalhavam arduamente. Cumpriam à risca mais um dia de labuta, na rotina de oito horas estendida até ao sábado. Ao som do bate-estaca que ecoa pelos 350.000 m² de terreno, eles desafiam a celeridade do relógio.
Afinal, têm a responsabilidade de erguer o tão esperado centro de treinamento do Bahia, já batizado de Cidade Tricolor. Antes previsto para ser entregue em janeiro de 2013, o futuro CT do Esquadrão tem novo prazo para ser inaugurado: abril do mesmo ano. De acordo com o presidente Marcelo Guimarães Filho, os motivos do atraso seriam as "fortes chuvas que caíram na região durante os meses de junho e julho". Em nota, por sua vez, a OAS empreendimentos, responsável pela execução do CT, afirma que "as obras estão dentro do cronograma".
A reportagem do A TARDE ESPORTE CLUBE visitou o local da construção. Da área externa, uma vez que teve o acesso à obra negado, foi possível observar dois grandes galpões já construídos e um terceiro se erguendo. Segundo o mandatário, as edificações correspondem ao setor administrativo e alojamentos de atletas. Curiosamente, a área do novo CT está em dois municípios. O acesso é feito por Dias D'Ávila, mas parte do terreno pertence a Camaçari.
Fato inusitado que, em partes, explica o porquê de a obra ter sido iniciada somente em abril - e não em janeiro, como era o desejado. "Na época, tinha que se ter a definição territorial entre os dois municípios e licenças ambientais", ressalta Marcelo Filho. Ao todo, o projeto - orçado em R$ 30 milhões -, inclui duas fases. A primeira é cotada em R$ 18 mi e de responsabilidade da construtora OAS. Em contrapartida, a mesma herdará, numa espécie de permuta, o Fazendão (de área estimada em 180.000 m²).
"Nenhum centavo sairá do bolso do Bahia nesta etapa. O torcedor pode ficar tranquilo", garante Guimarães. Dentre outras coisas, o clube receberá, nesta fase inicial, infraestrutura com seis campos: 4 oficiais - drenagem e gramado semelhantes ao da Arena Fonte Nova -, um society e um de areia, além de salas de academia, musculação e fisiologia. (veja mais na lista abaixo).
Um funcionário da obra, que preferiu não se identificar, informou que cerca de 40% desta etapa inicial já está pronta. A segunda fase do projeto - ainda sem previsão de início, tampouco de término -, será de responsabilidade do Bahia, que precisará alocar R$ 12 milhões para finalizar todo o novo CT.