Fiel, torcida tricolor joga junto e vê o Bahia vencer a Ponte Preta com gol no final do jogo
O Bahia deu mais um importante passo na luta por assegurar a sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro: na tarde deste domingo, 18, o tricolor bateu a Ponte Preta por 1 a 0 em Pituaçu, chegou aos 43 pontos ganhos e saltou para a 15ª colocação.
O Bahia ultrapassou a Portuguesa: a Lusa empatou em 2 a 2 com o Grêmio no Canindé e ficou com 41 pontos. Contudo, se, por um lado, pode comemorar o avanço na tabela de classificação, por outro o time baiano deve permanecer em alerta: continua separado da zona de rebaixamento por três pontos. É que o Sport, 17º colocado, venceu o Botafogo na Ilha do Retiro e chegou aos 40 pontos. Já o Palmeiras, 18º colocado com 34 pontos, amargou empate de 1 a 1 com o Flamengo e confirmou a sua queda para a Série B. Resta, portanto, uma única vaga na Z-4.
Nitidamente nervoso, o Tricolor de Aço não fez uma boa exibição e manteve o seu torcedor em estado de aflição até os minutos finais da partida em Pituaçu, quando, aos 35, após boa troca de passes no campo de ataque, Neto recebeu assistência de Hélder e balançou as redes com um toque no canto do goleiro Edson Bastos.
Antes, no primeiro tempo, desarticulado, o Esquadrão havia criado pouco e permitido à Ponte Preta dominar as ações do jogo. Mas o time pontepretano não tivera sorte nas conclusões e acabou por amargar um injusto 0 a 0. No segundo tempo, no embalo do seu torcedor, o tricolor aumentou o ritmo e conseguiu pressionar a Ponte até chegar ao tento que lhe manteve em condição segura na briga contra a queda.
Contra o Náutico, no próximo domingo, 25, o Bahia terá a volta de Titi e de Lucas Fonseca, mas perdeu Neto, que recebeu o terceiro cartão amarelo no jogo contra a Macaca e terá que cumprir suspensão. A Ponte Preta, por sua vez, receberá o São Paulo no Moisés Lucarelli.
Passeio pontepretano - O nervosismo que esperava-se estivesse concentrado somente na dupla de zaga formada pelo reserva Alysson e pelo improvisado Fabinho teve proporções maiores no primeiro tempo de jogo em Pituaçu: apático, todo time tricolor se mostrou trépido e vacilante. O Esquadrão abusou de errar passes e assistiu a um passeio da Ponte Preta, que criou muitas chances de gol, mas não teve sorte nas conclusões e deixou o time baiano lucrar com o empate sem gols.
Aos seis minutos, Luan recebeu passe pelo lado esquerdo e bateu colocado; Lomba segurou. Cinco minutos depois, Nikão recebeu lançamento pelo lado direito e cruzou com perigo para a área, onde Luan apareceu para pegar a bola no ar e, com um chute colocado, quase abrir o placar; a bola bateu em Fabinho e saiu pela linha de fundo. Aos 15, o mesmo Luan arrancou pelo meio campo e arriscou chute de fora da área, mas Fabinho interviu com um carrinho e a bola sobrou para Lomba.
A primeira boa chegada do Bahia aconteceu aos 20 minutos, mas o árbitro invalidou: Romário ganhou disputa pelo lado esquerdo e encaixou um ótimo passe para Souza, por entre a defesa da Macaca. Mas a arbitragem viu impedimento do "Caveirão" e não deixou a jogada prosseguir. Aos 25, em jogada de velocidade, Nikão apareceu pelo lado esquerdo e cruzou na área; Ferron se antecipou e cabeceou com perigo, mas mandou a bola apenas ao lado da meta baiana.
O Bahia só sinalizou ao coração do seu torcedor aos 31 minutos: Hélder, que antes se mostrava pouco producente, arriscou uma bomba da intermediária e obrigou Edson Bastos a defender no susto. Aos 36, Fabinho vacilou e armou contra-ataque da Ponte: Roger avançou pelo meio campo, viu Lomba adiantado e mandou chute por cima; para fora. Um minuto depois, Roger lançou Luan pela direita e o irrequieto atacante bateu cruzado; a bola passou perto. Aos 39, Luan fez outra grande jogada na entrada da área e bateu forte; deu Lomba mais uma vez.
Estrela tricolor - Jorginho devolveu o Bahia para o segundo tempo com uma modificação: Zé Roberto em lugar de Jones Carioca. Mas, nos primeiros minutos, o tricolor teve apenas alguns lampejos de inspiração e seguiu sem assustar o seu adversário. O jogo perdeu intensidade e a Ponte tentou cadenciá-lo.
O tricolor só acordou aos 13 minutos: Souza tabelou com Diones, chegou à linha de fundo e tentou cruzamento rasteiro, mas parou na zaga. No minuto seguinte, o time visitante respondeu com perigo: Luan tocou por cima da marcação do Bahia e serviu o lateral-direito Cicinho; Lomba saiu mal da meta e deixou o ala livre para marcar, mas o jogador da Ponte desperdiçou.
Aos 18, já mais arisco em campo, o Bahia chegou pela primeira vez com perigo: Neto, pelo lado esquerdo, lançou Fahel na grande área e o volante cabeceou com perigo, mas Edson Bastos plasticamente fez a defesa e cedeu escanteio. Um minuto depois, já com o seu torcedor reanimado nas arquibancadas, o Esquadrão chegou novamente: em contra-ataque, Zé Roberto tocou rasteiro para o meio da área e deixou Hélder na cara do gol, mas o camisa 68 mandou em cima da defesa.
A Ponte começou a cambalear e a torcida passou a acreditar no tento da vitória. Aos 29, ele amadurecia: Souza arrancou em contra-ataque e, de esquerda, arrancou rebote de Bastos, que soltou a bola nos pés de Zé Roberto, mas o meia, apesar de livre na grande área, não conseguiu tirar do goleiro pontepretano e desperdiçou uma grande chance. Aos 35, porém, Edson Bastos não foi páreo para Neto, que coroou com um chute colocado a jogada de triangulação cujos protagonistas foram Diones e Hélder. 1 a 0. Brilhou a estrela.