Lateral está na mira do Botafogo, mas quer novo contrado para ficar no tricolor baiano
ntes de Neto chegar ao Bahia, em meados de 2012, a lateral direita era um dos principais problemas do time. Tanto que o volante Fabinho era considerado o titular do setor. Cercado de desconfiança por vir de uma pequena equipe da Grécia (Aris), Neto assinou contrato de risco até o final de 2013 (O Bahia poderia rescindir antes, se assim fosse seu desejo).
Agora, já cheio de moral pelo bom Brasileiro que fez, o jogador, de 31 anos, recebeu proposta do Botafogo e, em entrevista ao ESPORTE CLUBE, garantiu que quer ficar no tricolor, mas clama por um contrato mais vantajoso
É verdade que você já teria aceitado a proposta do Botafogo para defender o clube carioca em 2013?
Existe, sim, essa conversa, mas não sou eu que estou tomando conta disso. São meus empresários.
E qual o seu desejo?
Conversei com o Paulo (Angioni, gestor de futebol do Bahia) na quinta-feira e deixei bem claro que a minha intenção é ficar aqui. Tenho contrato até o final do ano e o Botafogo teria que pagar para me levar. Agora, é preciso ver também que a proposta deles é viável para mim, pois é de dois anos de contrato, sendo que aqui no Bahia eu ainda tenho um contrato de risco, com valores bem menores do que aquele que eu recebia na Grécia, antes de vir pra cá. Por isso, o Paulo e a diretoria estão tratando disso para que seja feito um novo contrato.
Você ficou balançado com o interesse do Bota?
Não tem como não ficar, né? O Botafogo é um clube grande, do Rio, e a proposta é muito boa.
Porém, no Bahia você já conquistou seu espaço.
É verdade. Gostei muito da torcida, do clube e dos companheiros. Também já tenho a confiança do treinador. A única coisa que realmente me faz pensar é essa questão dos valores baixos do meu contrato no Bahia. Mas o Paulo já está resolvendo isso. Sendo valorizado, lógico que quero ficar. Se não houver a valorização, complica.
Depois de cinco anos na Grécia, você resolveu voltar para o Brasil. Esse retorno foi melhor do que você esperava?
Fiquei com um pouco de receio antes de tomar a decisão, mas não me arrependi. Apesar de o Bahia ter feito esse contrato de risco comigo, agradeço muito ao clube por ter aberto as portas pra mim. Fiz uma aposta e mostrei minha qualidade.
Gostou da cidade?
Bastante. Eu curto cidades praianas. Sempre que posso vou à praia, ou a restaurantes legais que tenham vista para o mar, como o Amado (Avenida Contorno) e o Pereira (Barra). Minha esposa e meu filho, que moram aqui comigo, também gostam muito.
O que esperar do Bahia este ano, após um Brasileiro no qual sofreu para se salvar da queda?
O Campeonato Brasileiro é um dos mais difíceis do mundo. Por isso, as coisas sempre se complicam quando você não consegue as vitórias em casa. Foi o que aconteceu com o Bahia no primeiro turno. No segundo, tivemos de nos recuperar e ficamos com a quinta melhor campanha. Imagine se tivesse sido assim o campeonato todo. Terminaríamos lá em cima.
Em entrevista na sexta, o técnico Jorginho lamentou a falta de reforços. O que acha disso?
É normal. Sei que eles estão procurando reforços para o ataque, né? É natural o treinador querer mais opções, até para mudar um jogo. Senão, tem sempre que trocar seis por meia dúzia.
E o que o Bahia tem de fazer para ter um ano melhor?
Que os jogadores tenham mais responsabilidade e estejam sempre unidos e focados. Assim, dará certo.