Milton Jordão, presidente da comissão eleitoral, em coletiva no Fazendão
Foi definido na quarta-feira, 3, o sistema que será usado nas eleições à presidência e ao Conselho Deliberativo do Bahia, no próximo dia 13, na Arena Fonte Nova. Diferentemente do que se imaginava, não serão usadas as urnas eletrônicas, como aconteceu no ano passado, e sim um programa que funciona através de um dispositivo tablet.
Segundo o presidente da comissão eleitoral do clube, o advogado Milton Jordão, o sistema é semelhante ao que foi usado pela Ordem dos Advogados do Brasil na eleição do Quinto Constitucional deste ano no estado. "Posso falar com propriedade porque participei também da organização daquela eleição. É um sistema com a mesma segurança ou até maior do que as urnas, e que já foram utilizados em outros momentos", disse.
No sistema, as fotos dos candidatos ficarão dispostas na tela do tablet acompanhadas dos seus respectivos nomes e números. O sócio precisará escolher entre um deles. "É um método que não deixa dúvidas para o eleitor. As chapas que estiveram aqui (no Fazendão) na tarde desta quinta, 4, puderam conhecer o sistema e poderão contratar uma auditoria para testar a sua segurança", explicou.
Inicialmente, a ideia do clube era utilizar as urnas eletrônicas tradicionais, como aconteceu no primeiro pleito democrático, que elegeu Fernando Schmidt. No entanto, por se tratar de um ano eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral proíbe o uso dos equipamentos por um determinado período. "O TRE indeferiu o nosso pedido, seja por conta da quarentena que as urnas precisam ficar, seja por conta da auditoria que um dos partidos envolvidos nas últimas eleições requereu", disse Jordão.
Cadastramento
Começa nesta quinta e vai até o sábado o processo de cadastramento dos sócios que desejam participar das eleições. Quem estiver em dia com o clube deve comparecer à bilheteria EDG da Fonte Nova, munido de CPF e documento com foto, para retirar o cartão de acesso à arena no dia da votação.
Segundo Jordão, diferentemente do que foi divulgado, o cadastramento não é uma forma de discriminar os sócios. "As eleições serão realizadas num espaço que não pertence ao Bahia. Esse terceiro envolvido tem que ter algum tipo de controle do acesso dos sócios", explicou. "Acessando o local, o sócio vai apresentar um documento oficial para o mesário, que vai conferir na base de dados se ele está apto. Esse cartão que o sócio vai retirar na Fonte Nova não é uma cédula", completou.
De acordo com ele, é recomendável que os sócios se antecipem na retirada dos cartões. "Teremos guichês para retirar esse cartão no dia também, mas, se todos fizerem isso, teremos filas e outros problemas num dia de festa", completou.