Dois momentos da armada tricolor em treino na arena do combate desta tarde, a Fonte Nova
Nada melhor para um bom esquadrão do que mostrar o seu valor numa batalha sob pressão. E é nesse espírito que o Bahia deve encarar o duelo deste sábado, 28, às 16h, contra o Campinense, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Nordeste.
É fato que a campanha da tropa comandada por Sérgio Soares tem sido vitoriosa, e de sobra, até aqui. Mas é verdade também que o time ainda não viveu um momento de verdadeira pressão na temporada.
No próprio Nordestão, o Tricolor se classificou com uma rodada de antecedência. No Baiano, apesar das duas derrotas nas três primeiras rodadas, acabou passando para as quartas com a segunda melhor campanha. Na única eliminatória que encarou, contra o Galícia, o Esquadrão goleou por 5 a 0 no jogo de ida. Com isso, a batalha da volta já começou praticamente vencida.
Dessa vez é diferente. Com o empate sem gols em Campina Grande, o Tricolor tem a obrigação de vencer no seu território se quiser avançar com a campanha. Outro 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis; um empate por qualquer outro placar classifica o adversário.
A missão surge, coincidentemente, no campeonato em que os resultados do Tricolor tem surgido a conta-gotas. São quatro empates e três triunfos para o Esquadrão até agora no torneio. Diferentemente do estadual, onde o Tricolor vem de três goleadas seguidas, todos os triunfos aconteceram por um gol de diferença - suficiente, no entanto, para colocar o time na próxima fase.
Além disso, o Tricolor vem de dois resultados suados em casa pelo Nordestão. Primeiro, contra o Globo-RN, o time pressionou por quase todo o jogo, mas só conseguiu fazer o gol da vitória aos 33 do 2º tempo. Já contra o CRB, empatou em 1 a 1 correndo atrás do placar.
Outra pressão
Autor de dois gols no Nordestão, Maxi fala em aplicar outra pressão: a da torcida sobre o adversário. "Amanhã será um jogo diferente, com o nosso torcedor, que vai nos apoiar", disse, sobre os últimos jogos pelo Nordestão. "A gente vai entrar no campo e aplicar a maior pressão possível para rapidamente conseguir aquele gol que vai nos dar tranquilidade", completou.
O Tricolor tem apenas um desfalque: o lateral-direito Tony, suspenso, que será substituído pelo volante Yuri, improvisado. Contundido, Pitoni é dúvida.
No Campinense, a lista de desfalques é extensa. São cinco peças, incluindo o atacante Alvinho, que fraturou a perna esquerda no primeiro duelo. Os zagueiros Joécio e Gabriel e o meia Sandrinho completam a lista de baixas, que também tem o lateral-esquerdo Jefferson Recife, outro que recebeu o terceiro amarelo.