Guto Ferreira ainda cobra chegada de jogadores de velocidade
Foi tudo de caso pensado: na janela de contratações, o Bahia surpreendeu ao trazer ainda mais meias para um time que já tinha Renato Cajá e Régis. Chegaram Diego Rosa, Allione e Zé Rafael.
Segundo o técnico Guto Ferreira, a ideia é ter mais opções para montar o time, já que os reforços podem atuar pelos lados do campo, e assim corrigir um problema do ano passado, quando não conseguiu encontrar um terceiro atacante para jogar pelas beiradas.
“Para esse ano, estão chegando meias que atuam pelo lado do campo, o que me dá a possibilidade de jogar com um 4-4-2 com dois meias organizadores pelos lados e dois atacantes na frente. Ou então, jogar com um meia centralizado, um organizador por um lado e um homem agressivo do outro, com um atacante à frente. Vai depender do adversário e do que encaixar melhor”, disse o comandante tricolor.
De qualquer forma, o técnico quer uma equipe que trabalhe melhor a bola do que a de 2016: “A tendência com isso é termos um time com maior poder de organização, que mantenha a posse de bola, à medida que tem jogadores mais qualificados para isso. Mas tem que manter também o poder ofensivo, a agressividade. Precisamos trabalhar para equilibrar isso”.
“Uma equipe é muito forte quando tem em vários setores do campo jogadores com qualidade de organização. Eu acho por exemplo que Armero é um jogador com essa característica. Nossos volantes, todos os que estão chegando, não só marcam como têm qualidade de organizar o jogo. Os nosso meias podem tanto organizar o jogo por fora como pelo meio do campo”, completou Guto.
O técnico lamentou a ausência de jogadores assim em 2016. “Nós não tínhamos um meia que jogasse pelo lado do campo. Régis é muito mais um meia-atacante do que um organizador. Então, na reta final, ficamos com dois armadores entre aspas, que eram nossos volantes, e quatro homens de frente. A gente tinha noção disso, só que foi o melhor que a gente pôde fazer”.
9h
é o horário do treino deste sábado do elenco tricolor no Fazendão. À tarde, os atletas retornam ao trabalho, às 15h. Domingo, o dia será de descanso para o elenco, que estreia na quinta-feira
Principal carência
Agora que tem os meias para organizar o jogo como gostaria, o comandante quer quem faça o oposto: que corra e seja agressivo. “Estão faltando uns homens de arranque. Zé Rafael é um jogador de força, mas não é de dar sprint. Edigar (Junio) tem velocidade, mas não é um jogador como por exemplo um que eu tive na Ponte (Preta), o Jonathan Cafu. Nos dava opção de contra-ataque, sua velocidade incomodava demais o adversário. Como o rival tinha o Marinho”, disse.
E deu um recado, cobrando reforços de velocidade: “Um time que não tem esse perfil tem que trazer o máximo de jogadores velozes possível”.
Nesta sexta-feira, 20, o técnico teve quatro desfalques no treino da tarde no Fazendão. O lateral esquerdo Pablo Armero segue na Colômbia para resolver o seu visto de trabalho. Já os volantes Yuri e Feijão, com cansaço muscular, ficaram na academia, e o lateral direito Wellington Silva deu sequência aos treinos de condicionamento físico. Em campo, Guto comandou uma atividade tática em campo reduzido.