Edigar Junio (à dir.) mira voltar a marcar após 2 jogos de jejum
No esporte, uma hora ou outra o atleta profissional precisa encarar um inimigo invisível, mas que sempre aparece logo após conquistar um objetivo: a zona de conforto. Após se livrar do rebaixamento, o Bahia deixou de impor a habitual intensidade nas duas partidas seguintes. Com isso, perdeu para o Sport e a Chapecoense em sequência. Os reveses tornaram impossível conseguir uma vaga no G-7.
A chance de ir à Pré-Libertadores estava matematicamente extinta, mas o título do Grêmio no mesmo torneio, consumado na quarta-feira, 29, abriu mais uma vaga brasileira para a próxima edição. Com isso, o G-7 se transformou em G-8.
Com uma oitava vaga disponível, a tão sonhada chance de conseguir um lugar na pré-Libertadores acendeu um fio de esperança no Tricolor. No domingo, 3, contra o São Paulo, às 16h (da Bahia), no Morumbi, pela última rodada do Brasileirão, o Tricolor precisa vencer para ter chances de conseguir a vaga. Com 49 pontos, o Esquadrão entra na rodada na 11ª colocação.
Para alcançar o ‘milagre’, é fundamental que o time baiano retome a eficiência ofensiva, marca registrada da equipe desde a chegada de Carpegiani. A equipe marcou nos primeiros nove jogos sob o comando de Carpé – fez 17 gols, média de 1,88 por partida.
Mas, nos dois últimos embates, com a permanência na Série A já assegurada, passou em branco tanto contra Sport, fora de casa, quanto diante da Chapecoense, na Fonte Nova. O Tricolor não ficava tanto tempo assim sem marcar desde meados de junho, quando acumulou três jogos sem balançar as redes, contra Corinthians, Flamengo e Vitória.
Um dos pilares da retomada do Bahia na competição, Edigar Junio, que se tornou artilheiro do time com a chegada do novo técnico, obviamente, também não marca há dois jogos. Fato que não ocorria desde outubro, quando passou em branco contra Corinthians e Flamengo, nas rodadas 28 e 29. O atleta acredita que ainda é possível buscar uma vaga na Liberta. “A confiança tem que aumentar porque agora a gente tem que ver que está chegando mais uma chance para nós. Então temos que estar confiantes. Enquanto a gente puder, a gente vai buscar”, enfatizou.
Fazendo as contas
A missão não será fácil. Hoje, a possibilidade de faturar uma vaga entre os oito primeiros colocados é de apenas 2%, de acordo com os matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Para conseguir chegar lá, o time precisa de uma combinação de resultados. As condições são: Botafogo (8º) precisa perder, Chapecoense e Atlético-MG (9º e 10º) não podem vencer os seus jogos.
*Sob a supervisão do editor Daniel Dórea